Dromofobia: sintomas, causas e tratamento

A dromofobia é um transtorno de ansiedade caracterizado por sentimentos excessivos e irracionais de medo ao atravessar a rua.

É um tipo específico de fobia em que as pessoas que sofrem com isso desenvolvem respostas de alta ansiedade a cada vez que têm que atravessar uma rua ou um cruzamento urbano.

Apesar de ser uma alteração rara, a dromatofobia pode ser um transtorno altamente incapacitante para a pessoa. Indivíduos que sofrem de dromatofobia apresentam grandes dificuldades para viver em áreas urbanas devido ao medo que sentem ao atravessar a rua.

No entanto, hoje a dromofobia é um distúrbio que pode ser superado se tratado adequadamente. Neste artigo, revisamos as principais características da patologia, suas causas, seus sintomas e as intervenções a serem realizadas.

Funcionalidades

A dromofobia é um distúrbio de ansiedade. Especificamente, é classificado como um dos vários tipos de fobia específica. O elemento temido desta fobia abrange todas as situações em que a pessoa deve atravessar uma rua ou um cruzamento urbano.

A pessoa com dromofobia não teme as intersecções das ruas em si, mas a fobia está na ação de atravessar a rua.

Desta forma, é um distúrbio que está altamente relacionado ao comportamento da pessoa. Quando o indivíduo com dromofobia sai para atravessar a rua, ele experimenta altos sentimentos de medo e ansiedade.

O medo que vem de atravessar a rua em uma pessoa com dromofobia é tão alto que leva você a evitar essas situações em todos os momentos. Por esse motivo, pessoas com esse transtorno podem apresentar enormes dificuldades para funcionar normalmente.

Nesse sentido, uma das principais características do transtorno são as características do medo que a pessoa experimenta. O medo típico da dromofobia é caracterizado por fobia e, portanto, tem as seguintes propriedades:

  1. É excessivo em relação às exigências da situação.
  2. Não está sujeito a mecanismos de pensamento racional.
  3. É incontrolável pelo assunto.
  4. Leva a evitar a situação temida.
  5. É vivido de forma constante e permanente.

Sintomas

A sintomatologia da dromofobia é baseada em manifestações de ansiedade. Estes aparecem sempre que o indivíduo é exposto às suas situações temidas devido aos altos sentimentos de medo que eles causam.

Em geral, a sintomatologia da dromofobia pode ser dividida em três grupos principais: sintomas físicos, sintomas cognitivos e sintomas comportamentais.

1- Sintomas físicos

A experiência do medo gera uma série de modificações no funcionamento do organismo da pessoa. Estas alterações são causadas devido a um aumento no funcionamento do sistema nervoso periférico e é caracterizada principalmente por:

  1. Aumento na taxa cardíaca
  2. Aumento na taxa respiratória.
  3. Palpitações e / ou taquicardia.
  4. Sensação de afogamento
  5. Tensão muscular
  6. Sudorese aumentada
  7. Estômago e / ou dores de cabeça
  8. Boca seca, náusea, tontura e vômito.

2- Sintomas cognitivos

Juntos, a dromofobia é caracterizada por gerar uma série de pensamentos irracionais e incongruentes sobre a ação de atravessar ruas ou interseções urbanas.

Esses pensamentos podem adquirir múltiplas modalidades e conteúdos, mas são sempre caracterizados por dar um caráter altamente negativo à ação de atravessar a rua e, juntamente com os sintomas físicos, gerar sentimentos de medo e medo.

3- Sintomas comportamentais

Finalmente, a dromofobia afeta o padrão comportamental do indivíduo. Esse transtorno modifica o comportamento normal da pessoa e gera principalmente o desenvolvimento de dois comportamentos: evitação e fuga.

Avoidance define todos os comportamentos que a pessoa com dromofobia põe em movimento, a fim de evitar o contato com sua situação temida. Os sujeitos com essa alteração sempre evitarão o comportamento de atravessar a rua devido ao medo e desconforto que produz.

Por outro lado, a fuga é aquele comportamento que começa quando o indivíduo é exposto à sua situação temida. Nesse sentido, é comum que quando as pessoas com dromofobia não tenham outra escolha senão atravessar a rua, elas o fazem o mais rápido possível.

Diagnóstico

Os critérios que devem ser cumpridos para estabelecer o diagnóstico de dromfobia são os seguintes:

  1. Medo acusado e persistente que é excessivo ou irracional, desencadeado pela presença ou antecipação da ação de atravessar uma rua ou um cruzamento urbano (elemento fóbico)
  1. A exposição ao elemento fóbico quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de ansiedade, que pode assumir a forma de uma crise de sofrimento situacional mais ou menos relacionada a uma determinada situação.
  1. A pessoa reconhece que esse medo é excessivo ou irracional.
  1. As situações fóbicas são evitadas ou suportadas à custa de intensa ansiedade ou desconforto.
  1. Os comportamentos de evitação, a antecipação ansiosa ou o desconforto causado pelas situações temidas interferem de maneira acentuada na rotina normal da pessoa, no trabalho (ou acadêmico) ou nas relações sociais, ou causam desconforto clinicamente significativo.
  1. Nos menores de 18 anos, a duração destes sintomas deve ter sido de pelo menos 6 meses.
  1. Ansiedade, ataques de pânico ou comportamentos de evitação fóbica não podem ser melhor explicados pela presença de outro transtorno mental.

Causas

Atualmente, argumenta-se que as causas da dromofobia poderiam ser semelhantes às demais fobias específicas.

Nesse sentido, postula-se que não há uma causa única para o transtorno e que diferentes fatores poderiam contribuir para o seu desenvolvimento. Tais como:

  1. Condicionamento direto.
  2. Condicionador vigário.
  3. Fatores genéticos.
  4. Traços de personalidade
  5. Estilos cognitivos

Tratamento

Atualmente, a intervenção de primeira escolha para o tratamento da dromofobia é o tratamento cognitivo-comportamental, um tipo de psicoterapia que tem mostrado índices de eficiência muito elevados.

Este tratamento baseia-se em expor a pessoa ao seu elemento temido, a fim de superar seu medo, e na aplicação de técnicas de relaxamento e terapia cognitiva.