Os 15 mais importantes recursos do teatro

As características mais importantes do teatro estão intimamente relacionadas com os elementos comuns a qualquer trabalho ou desempenho. O termo teatro tem suas origens na palavra grega theatron, que significa "lugar para olhar".

Portanto, originalmente, o teatro se referia tanto a um lugar quanto a uma forma particular de percepção. Hoje em dia, o conceito de teatro pode se referir a: um edifício, uma atividade ('ir' ou 'fazer' teatro), uma instituição e uma forma de arte.

O teatro é o ramo da arte cênica relacionado à performance e representação de histórias em frente ao público ao vivo, utilizando uma combinação de discursos, gestos, cenários, músicas, sons e espetáculos que buscam estimular e excitar o espectador.

A mente também desempenha um papel importante no teatro, já que esta expressão artística é decifrada de acordo com a percepção e a imaginação do espectador.

Todas as peças têm elementos comuns que caracterizam esta arte. Em seguida, você poderá ver com mais detalhes os recursos mais destacados.

15 elementos característicos do teatro

1- Lote

É o que acontece no trabalho. Refere-se à ação. A organização de eventos ou a seleção e ordem de cenas em uma peça. Segundo Aristóteles, trata-se de um conceito abstrato que se refere à disposição dos incidentes que constituem a matéria-prima e os componentes da história.

O enredo é a maneira pela qual esses incidentes são estruturados em um todo coerente. Se o arranjo original do pedido for alterado, um novo quadro será gerado. No teatro, dois tipos de enredo predominam. Em seguida, suas principais características e elementos diferenciadores:

Tela de resolução

  • O enredo começa no final da história, mais perto do final ou clímax.
  • Cobre um curto espaço de tempo.
  • Contém algumas cenas sólidas e expandidas.
  • Ocorre em uma localidade restrita, um quarto ou uma casa.
  • O número de caracteres é severamente limitado.
  • Existem alguns quadros secundários.
  • A linha de ação procede em uma cadeia de causa e efeito. Os personagens e eventos estão intimamente ligados em uma seqüência de desenvolvimento lógico, quase inevitável.

Trama de revelação

  • O enredo começa relativamente cedo na história e se move através de uma série de atos.
  • Abrange longos períodos de tempo.
  • Muitas cenas curtas e fragmentadas ou a alternância entre cenas curtas e longas.
  • Pode cobrir uma cidade inteira ou até mesmo em vários países.
  • Abundância de caracteres.
  • Freqüentemente marcado por vários fios de ação, várias histórias paralelas.
  • As cenas estão associadas entre si. Um evento pode resultar de várias causas, ou nenhuma causa aparente, mas surge em uma rede de circunstâncias.

2- Tema

Enquanto o enredo se refere à ação do trabalho, o tema refere-se ao significado do trabalho. Às vezes, é claramente indicado no título.

Outras vezes pode ser declarado através do diálogo por um personagem que age como a voz do dramaturgo. Às vezes, o assunto é menos óbvio e só surge depois de analisar o conteúdo do trabalho.

3- personagens

São as pessoas, animais ou ideias representadas pelos atores no trabalho. Em termos estruturais, os personagens são os agentes de ação, que fornecem as motivações para que os eventos ocorram no enredo.

Cada personagem deve ter sua própria personalidade, idade, aparência, crenças, antecedentes socioeconômicos e linguagem. De acordo com suas funções no trabalho pode ser descrito alguns tipos de caracteres:

  • Protagonista : O personagem principal.
  • Antagonista : O principal oponente do protagonista.
  • Contrapartes : Revele alguns aspectos do personagem principal tendo circunstâncias ou comportamentos semelhantes ou diferentes.

4- Script ou Texto

Este é o ponto de partida do desempenho teatral. É o texto pelo qual a peça é criada. Consiste em diálogos, instruções de palco, descrições de personagens e coisas semelhantes em uma peça. Refere-se às palavras escritas pelo dramaturgo e interpretadas pelos personagens.

5- Gênero

Classe distintiva do trabalho. Sexo vem de uma palavra francesa que significa "categoria" ou "tipo". A escolha do gênero reflete o ponto de vista do escritor sobre o assunto.

No teatro, os seguintes tipos de obras são geralmente representados: tragédia, comédia, melodrama e tragicomédia. Cada um desses gêneros pode ser subdividido por estilo e conteúdo em:

Tragédia

É uma imitação de uma ação que é séria, complexa e relevante. A tragédia é grave por natureza em seu assunto e lida com problemas profundos. Esses problemas profundos são universais e despertam compaixão e medo na audiência, testemunhando a ação.

Comédia

Tem a visão de fazer o público rir, geralmente é físico e energético. O comportamento dos personagens apresentados é ridículo e às vezes absurdo. Estimula na audiência uma correção do comportamento da sociedade.

Melodrama

É o drama do desastre, circunstâncias além do controle do protagonista causam os eventos significativos do enredo. Os aspectos da culpa e responsabilidade do protagonista são eliminados.

O protagonista é uma vítima das circunstâncias. O melodrama tem um senso de julgamento moral estrito. Todos os tópicos apresentados são resolvidos de forma bem definida. Bons personagens são recompensados ​​e personagens ruins são punidos.

Tragicomédia

É um reflexo da própria vida, contém todos os gêneros anteriores. Não pretende julgar, nem fazer julgamentos absolutos. Ele se concentra nas relações de caráter e mostra a sociedade em um estado de fluxo contínuo.

6- Fantasias e Maquiagem

São elementos que servem para caracterizar os atores ao recriar um personagem.

Guarda-roupa

Refere-se às roupas e acessórios usados ​​no palco por um ator ou intérprete. Os antigos gregos foram os pioneiros no desenvolvimento de trajes específicos para cada personagem, esta arte serviu para reviver a era medieval e representar grandes marqueses da corte.

Maquiagem

É o uso de cosméticos na alteração da aparência física de um ator para que sua aparência se adapte a um determinado papel ou para compensar os efeitos da iluminação cênica.

A arte da maquiagem foi revolucionada pela introdução da iluminação elétrica e a gás e agora se tornou uma prática altamente técnica.

7- Iluminação e efeitos sonoros

O posicionamento, a intensidade e a cor das luzes, assim como os efeitos sonoros, ajudam o diretor a comunicar a atmosfera, o humor ou a sensação em uma cena.

A iluminação foi reconhecida como uma característica importante da produção teatral quando performances internas foram realizadas pela primeira vez durante o Renascimento, envolvendo o uso de velas e líquidos inflamáveis.

As inovações cruciais na tecnologia de iluminação incluíram a introdução de lâmpadas de assoalho, o uso de refletores para aumentar a intensidade dos feixes de luz e o escurecimento das luzes no auditório em 1876.

O desenvolvimento da iluminação a gás no início do século XIX representou um avanço importante, apesar dos perigos envolvidos. O uso de iluminação elétrica começou no California Theatre em San Francisco em 1879.

Atualmente, os sistemas de iluminação nos teatros modernos são controlados por placas computadorizadas altamente sofisticadas, que podem coordenar a iluminação de todo um sistema. Outras inovações recentes incluíram experimentos com luz ultravioleta, lasers e holografia.

Os efeitos sonoros são os ruídos gerados para acompanhar uma cena em uma peça, que pode ser produzida por computadores ou por atores dentro e fora do palco.

8- Diretor

É a pessoa responsável pela unidade total de produção e por coordenar os esforços dos artistas. O trabalho do diretor é central para a produção de uma peça, já que é o diretor quem estabelece a visão de produção para todos os envolvidos.

O diretor tem a tarefa desafiadora de montar muitas peças complexas de uma produção: o roteiro, os atores, os figurinos, a iluminação, o som e a música em um todo unificado. Para realizar essa tarefa, um diretor precisa:

  • Interprete o roteiro.
  • Colabore com os designers.
  • Planeje os testes.
  • Guie os atores em seu trabalho durante os ensaios.

O trabalho do diretor é frequentemente baseado em um estudo detalhado e análise do roteiro que é o objeto da montagem. Muitas leituras cuidadosas do roteiro ajudam o diretor a desenvolver uma visão individual das intenções do dramaturgo. Sua percepção influenciará qualquer aspecto da produção.

Os diretores também estudam os personagens do roteiro, reunindo o máximo de informações possíveis sobre seus traços físicos e psicológicos, o que é vital para a seleção de elenco.

9- Audiência

Grupo de pessoas que vêem o trabalho. Muitos dramaturgos e atores consideram que o público é o elemento mais importante do teatro, uma vez que todo o esforço em escrever e produzir uma peça é para o deleite do público.

Porque no teatro os intérpretes estão em presença direta com o público, um fluxo circular de energia é gerado, o ator afeta o público e vice-versa. Este efeito é amplificado pelo fato de que o teatro é um evento comum.

A experiência grupal é imprescindível, pois o grupo reforça as emoções vivenciadas pelo indivíduo e cria uma consciência coletiva. Quando um grupo de indivíduos responde de forma semelhante ao que está acontecendo no palco, o relacionamento deles com os outros é reafirmado e fortalecido.

O grau de separação entre o elenco e o público é o que diferencia o teatro convencional do teatro participativo.

No primeiro, o público usa sua imaginação para participar do trabalho enquanto se separa da ação. Na segunda, os atores interagem com o público tentando seguir um roteiro estabelecido e improvisado, enfatizando o desenvolvimento pessoal ou a terapia coletiva.

No teatro, uma platéia é convidada a aceitar muitos tipos de mundos imaginários. Uma maneira de diferenciar esses reinos imaginários é dividi-los no que é chamado de teatro realista e irrealista.

O realismo, tornou-se a forma dominante de teatro europeu no final do século XIX, tenta recriar a vida tão de perto que a audiência assume que deve ser a vida. O não-realismo, por outro lado, tenta transcender a realidade observada e apresentar a parte da vida que existe na mente.

No entanto, é um erro supor que essas duas abordagens sejam mutuamente exclusivas. A maioria das performances teatrais contém uma mistura de elementos realistas e irrealistas.

10- Cenografia

Serve para recriar o ambiente em que o enredo é desenvolvido, o conjunto tem os seguintes objetivos:

  • Defina o tom e o estilo da produção.
  • Defina a hora e o local.
  • Distinguir o realismo do não-realismo.
  • Coordene a paisagem com outros elementos.
  • Lidar com as limitações do espaço do palco e da área fora do palco.

Todos esses objetivos são abordados em várias reuniões entre o diretor, o designer de conjunto e a equipe de design. Posteriormente as ideias são refletidas em esboços, que após revisões, análises e modificações permitem conceber a cenografia que melhor se adapta à história e visão dos criativos.

Terminada esta etapa, os projetos são entregues a um diretor técnico, que faz as construções necessárias, ajustes e instalações no cenário para a materialização do planejado.

11- Cenário

Eles são equipamentos teatrais, como cortinas, pisos, fundos ou plataformas, que são usados ​​em uma produção dramática.

12- aparelho

Existem diferentes categorias de adereços. Grande parte dos adereços vem do roteiro e são elementos exigidos pelo diretor. O cenógrafo também costuma pedir acessórios como o mobiliário que aparece na cena, às vezes há uma fina linha divisória entre esse tipo de adereços e a cenografia.

O acessório é qualquer item móvel que aparece durante uma apresentação, exceto os figurinos e o palco. São artigos manipulados por um ou mais atores. Um livro, uma arma, um copo de vinho, entre outros.

13- Atos

Eles representam uma divisão importante no desenvolvimento do trabalho teatral. A maioria das peças da era elizabetana até o século 19 foi dividida em cinco atos por dramaturgos ou editores posteriores.

No final do século 19, muitos escritores começaram a escrever obras de quatro atos. Atualmente, um, dois e três atos são os jogos mais comuns.

14- Teatros (Prédio)

É o espaço em que atores ou públicos se unem. É essencial ter uma área onde o artista ou intérprete se comunique com um público vivo.

Os edifícios teatrais evoluíram dos anfiteatros ao ar livre dos gregos e romanos, para a incrível variedade de formas que vemos hoje. É um espaço que suporta a troca emocional entre o elenco e o público.

15- Convenção

Uma convenção teatral é uma ferramenta prática usada pelo dramaturgo ou diretor para ajudar a contar a história da peça no teatro. A convenção teatral mais comum é a dos personagens falando um com o outro e fingindo não notar o público.

Muitas vezes referida como a quarta ou quarta convenção de tela, a existência de uma divisão (invisível) entre os atores e o público é simulada.

Origens e evolução histórica do teatro

Quando o teatro começou é exatamente um mistério. Os caçadores pré-históricos representavam histórias sobre suas expedições de caça. Os antigos egípcios cantavam canções sagradas e dançavam por seus deuses em cerimônias religiosas. Mas a ideia do teatro como entretenimento dramático veio depois.

Sabe-se que as palavras inglesas para tragédia e comédia vêm da língua dos antigos gregos. Embora os gregos não tenham sido os primeiros a apresentar peças, eles estavam muito interessados ​​nas origens da tragédia e da comédia.

Em seus escritos, o filósofo Aristóteles e outros escritores gregos propuseram teorias e criaram hipóteses sobre como a forma de arte teatral se desenvolveu.

As obras gregas foram realizadas nos teatros ao ar livre. No início, os teatros ficavam em áreas abertas localizadas no centro da cidade ou próximas a encostas. O público estava pronto para ouvir e assistir o coro cantar sobre as aventuras de um deus ou um herói.

No final do século VI a. C., as estruturas teatrais tornaram-se mais elaboradas. Como o teatro se tornou cada vez mais popular e competitivo entre as cidades, os teatros cresceram com estruturas capazes de acomodar até 15.000 pessoas de cada vez.

O teatro existe desde que as pessoas se encontraram pela primeira vez para ouvir alguém contar uma história. Amigos e familiares compartilhavam as responsabilidades do público e do intérprete, trocando papéis contanto que alguém tivesse uma história para compartilhar.

O teatro moderno pode ser mais formal, com atores treinados para recriar uma história e espectadores sofisticados que reagem a uma encenação, mas a ideia de compartilhar energias entre o elenco e uma platéia ao vivo permanece invariante.