6 causas das viagens de exploração dos europeus para a América

As causas das viagens de exploração dos europeus à América têm sido objeto de debate há muito tempo. Não há uma resposta única para essa pergunta; No entanto, todo um conjunto de possíveis características é motivado.

Os historiadores mencionaram a existência de razões de natureza econômica, idiossincrática, tecnológica ou religiosa, entre outras.

Contexto histórico das viagens de exploração para a América

As viagens de expansão para o novo mundo, realizadas principalmente por Espanha e Portugal, nos séculos XV e XVI, têm sido uma das atividades mais importantes na história da humanidade.

É importante ter em conta que a península ibérica está localizada numa posição geográfica favorável para viagens exploratórias ao Oceano Atlântico, em comparação com o resto da Europa.

O primeiro personagem que tem registro, tendo conseguido alcançar o novo mundo é Christopher Columbus. Este personagem, de origem genovesa, fez uma viagem através do Oceano Atlântico, no ano de 1492, apoiado pelo rei Fernando e Rainha Isabella da Espanha. De acordo com registros escritos, sua viagem visava encontrar novas rotas para chegar à Índia. Esta viagem durou aproximadamente dez semanas.

Outras personagens importantes durante a conquista do novo mundo foram: Américo Vespucio, em cuja honra se denominou América o novo continente e Fernando Magallanes, descobridor de um canal navegável na América, o qual hoje recebe o nome de Estreito de Magalhães.

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Causas de viagens de exploração para a América pelos europeus

1- Troca econômica

Alguns autores apontam que, em vista dos confrontos e bloqueios com o exército turco, a busca por novas rotas de navegação para o comércio com o Oriente poderia ser o principal fator que motivou as viagens exploratórias européias.

Naquela época, o exército turco-otomano havia bloqueado as estradas do Oriente Médio, especificamente o Mar Vermelho e áreas adjacentes, interrompendo o intercâmbio comercial entre a Europa e a Ásia.

Durante os séculos XIV e XV, novas demandas foram desenvolvidas (especialmente nas classes mais altas da Europa) para produtos que só poderiam ser contribuídos pelos países do Oriente. Alguns desses produtos são, por exemplo: algodão, seda, pedras preciosas, pimenta, canela, gengibre, noz-moscada, entre outros.

Alguns historiadores não concordam com esta suposição porque, em meados do ano 1400, graças ao aumento das importações marítimas portuguesas, os preços dos produtos trazidos do Oriente começaram a declinar. Esse fenômeno já havia ocorrido anteriormente na Itália.

Por outro lado, o Império Turco-Otomano não dominou o Mar Vermelho (e seus arredores) até o início do século XVI, quando os navios portugueses já estavam no auge.

2- facilidade econômica

Vários autores mencionam que as referidas expedições européias foram feitas devido à relativamente boa estabilidade econômica pela qual a Europa estava passando durante o ano de 1400. Foi então que o continente europeu teve apoio econômico suficiente para poder sustentar essas atividades e expandir para novos territórios. fronteiras.

Esta explicação é discutível porque cidades como Florença, Veneza ou Gênova, já tiveram tal nível econômico desde séculos antes.

Antes das viagens exploratórias, a Europa já havia gasto muito mais recursos em navios de guerra (por exemplo, durante as cruzadas), do que mais tarde seria gasto em navios que exploram o novo continente.

3- superpopulação

Acredita-se que até o ano 1400 a Europa já estivesse superpovoada, superando sua capacidade de se sustentar em termos de recursos, por isso foi necessário encontrar novas terras para se instalar.

Somado a isso, houve muita pressão imposta pelo Império Turco-Otomano, bloqueando as estradas que forneciam a troca comercial da Europa com o Oriente.

No entanto, esta teoria tem sido debatida porque as primeiras viagens foram feitas durante a primeira década do século XV, quando a população da Europa sofreu perdas recentes devido à idade média.

4- Busca por ouro e prata

Alguns autores relatam as viagens exploratórias européias, com a busca de minerais como ouro e prata, o que atenuaria as perdas econômicas (principalmente de prata) que aconteciam por causa da Idade Média.

Embora seja verdade que a Europa, durante este período, estava a atravessar dificuldades devido às complicadas relações económicas com o Oriente, parte destas dificuldades foram atenuadas devido à estreita relação que o governo e a economia portuguesa tinham com a mineração de ouro em África., especificamente na área da Nigéria.

5- Inovação Tecnológica

Alguns historiadores acreditam que as expedições européias ocorreram devido aos avanços na engenharia naval, especificamente, devido à invenção da caravela. A invenção deste tipo de embarcação ocorreu entre 1420 e 1470, e marcou o início de um dos períodos mais importantes para a exploração marítima portuguesa.

A caravela permitia que os marinheiros navegassem a grande velocidade e por mais tempo do que com outras embarcações; no entanto, sua principal vantagem era que os marinheiros podiam ter controle de onde queriam viajar e não dependiam das instruções e condições do vento.

Outro acréscimo que foi aperfeiçoado durante este período foi o Astrolabe, instrumento de navegação que permite conhecer o tempo e a latitude de um determinado ponto conhecido baseado na posição das estrelas. Deste modo, os marinheiros tinham a possibilidade de se localizar no mar sem ter que depender da visão deles / delas para a costa.

É importante notar que anteriormente à inovação de tais acessórios, as viagens exploratórias já haviam sido planejadas e executadas, mesmo em condições adversas, principalmente por marinheiros das regiões do norte da Europa.

6- Outras razões

Após a descoberta do novo continente e a descoberta de uma nova rota para a Ásia, as gerações seguintes de exploradores viajaram por razões ainda mais variadas. Provavelmente, uma das razões menos importantes para essa data foi a curiosidade intelectual.

Por exemplo, há um registro escrito que o rei Manuel de Portugal enviou à Europa para trazer algo incomum que pudesse ser encontrado no novo mundo a fim de satisfazer sua curiosidade. Alguns navegadores e aristocratas fizeram viagens à América apenas por prazer.