As 10 características de um prefácio mais importante

O prólogo é uma das partes preliminares da estrutura de um livro, documento ou peça literária formalmente escrita. Tem características muito fortes para distingui-lo da peça literária principal.

É a explicação racional do trabalho; uma introdução que permite localizar o leitor no que você encontrará a seguir, onde justifica sua composição, explica a estrutura e os critérios que foram levados em conta para o desenvolvimento da escrita.

O termo vem do grego "pro" que significa "antes", "para", "em favor de" e "logos", que significa "discurso", e é o espaço que o autor tem para colocar seu leitor na disposição adequada para a abordagem correta do sujeito a tratar.

É considerado um "paratext", ou seja, parte dos textos encontrados na periferia do texto principal, assim como o título, as dedicatórias, as notas de rodapé e assim por diante.

Principais características que um prólogo deve ter

1- Sobre o nome

Embora existam diferenças, muitos também chamam de "Introdução". A introdução é mais uma apresentação do conteúdo do que o autor.

Por outro lado, o termo "prólogo" é mais comum em livros acadêmicos, trabalhos de grande volume ou autores mais consagrados.

O termo "Introdução", que parece ter um significado mais modesto, é usado por novos autores, ou em trabalhos de menor complexidade ou tamanho; Ele também é usado mais em documentos científicos ou de pesquisa.

Outros autores consideram ambos os termos como sinônimos, assim como outros como prolegômenos, preâmbulos, prefácio e assim por diante.

2- Sobre a localização

O prólogo está sempre localizado entre as primeiras páginas do livro. Geralmente, é a primeira folha que aparece após o índice. Em qualquer caso, deve ser antes do início do trabalho em si.

3- Sobre a quantidade

A maioria dos livros tem apenas um prólogo. No entanto, você pode encontrar livros muito famosos que, em cada reimpressão ou reedição, você adiciona um novo prólogo, geralmente escrito por um personagem relevante no assunto.

Livros com o prólogo original que teve a primeira edição e um, dois ou mais prólogos adicionais adicionados posteriormente serão encontrados desta forma.

Haverá também livros já considerados clássicos da literatura universal, que terão diferentes prólogos dependendo da editora que os imprime ou do mercado a que se destina esta edição.

Por exemplo: as histórias de Lewis Carroll com um prólogo de Jorge Luis Borges para o mercado latino-americano.

4- Sobre a extensão

Não há extensão predeterminada para o prólogo, mas é aconselhável que não seja muito longo. No entanto, não deve ser tão sucinto a ponto de não explicar suficientemente a intenção do livro.

A ideia é que, lendo o prólogo, o leitor saiba onde está localizado para começar a ler: de que ângulo o assunto será abordado, quais aspectos foram levados em consideração ou não, o espaço cronológico ou a localização geográfica dentro da qual a história se desenvolverá, etc. Para explicar isso, não são necessárias muitas páginas.

5- Sobre o autor

O prólogo pode ser escrito pelo autor do trabalho, onde ele explicará as motivações que o motivaram a escrevê-lo e, como explicamos, o ponto de vista de onde ele abordará o assunto em questão.

Mas também pode ser escrito por um terceiro que não tenha intervindo na redação do trabalho, mas que seja um especialista, um acadêmico, um conhecedor ou um entusiasta do assunto que se desenvolve no livro.

Nestes casos, essa pessoa é convidada pelo autor ou pelo editor para escrever o prólogo com a intenção de dar maior relevância e categoria ao trabalho ou deixar o autor saber, desde então, um especialista no campo que concorda em escrever o prólogo. Prólogo de um livro, é um endosso de que o livro é bom e isso sustenta o autor.

6- Sobre a escrita

O prólogo permite uma escrita um pouco mais leve e pessoal se for escrita pelo autor do trabalho.

Nestes casos, geralmente escreva na primeira pessoa, onde além de explicar ao leitor o que você vai ler abaixo, você também pode dizer o caminho que você deve seguir para a escrita do livro, as descobertas que você fez, as armadilhas que você apreciações sobre o resultado final.

Nos casos em que há mais de um autor, por exemplo, uma equipe de pesquisa, o prólogo é menos pessoal, a redação é mais indireta, pode até ser escrita na terceira pessoa.

Nos casos em que o autor do prólogo não é o autor do livro, o prólogo se concentra mais no assunto; o prólogo põe em evidência seu conhecimento sobre o assunto e, por fim, enaltece o autor como importante contribuição ao assunto em questão.

7- Sobre a estrutura

O prólogo não é um texto de ficção, portanto deve seguir uma ordem lógica e coerente. Você pode permitir uma linguagem descontraída, mas em nenhum caso deve se dispersar, passar pelos galhos ou estender demais.

Deve ser conciso, mas ao mesmo tempo explicar a estrutura do livro como tal, a razão de suas divisões e subdivisões, a razão para a escolha de certos aspectos para o estudo ou desenvolvimento do assunto.

Finalmente, o prólogo pode incluir agradecimentos a pessoas e instituições que colaboraram com o autor para o desenvolvimento do tópico.

8- Sobre o tempo de sua preparação

Se o prólogo incluir a história do processo de escrita do trabalho, é óbvio que ele terá que ser escrito após o término do trabalho.

O mesmo acontece se o prólogo for um terceiro, pois ele terá que ler a obra na íntegra para fazer uma análise objetiva do mesmo.

Assim, enquanto o prólogo será a primeira coisa que o leitor verá, é a última coisa que o escritor escreverá.

9- Sobre a função

Já foi dito que o prólogo tem como principal função explicar ao leitor o que as páginas seguintes da obra contêm (função "explicativa").

Mas o prólogo pode levar outras intenções, como comparar o presente trabalho com as anteriores, explicando suas diferenças, argumentando por que foi escrito de uma forma e não de outra, ou mesmo, o prólogo pode servir como o início de uma história.

Pode-se dizer então que o prólogo pode ter uma função "inspiradora" (diz o que o inspirou a escrever a obra) ou "comparativo" (refere-se a outras obras ou autores).

10- Sobre sua importância

Tudo escrito anteriormente destaca a importância do prólogo em um texto. No entanto, não é um elemento indispensável ou obrigatório.

Ou seja, muitos livros não têm um prólogo e isso não significa um erro, uma falta ou um aspecto que retira mérito ou qualidade do trabalho.