O que é a língua literária? Características e elementos principais

A linguagem literária é uma forma de expressão artística em que o escritor pretende transmitir uma ideia, esteticamente mais bonita e estilizada, para captar a atenção do leitor.

Pode ser usado em prosa ou verso. Da mesma forma, também pode ser verbal e usado na comunicação diária. A linguagem literária é uma linguagem especial na medida em que prioriza a maneira de transmitir a mensagem do que na própria mensagem.

É óbvio que uma mensagem literária despojada de sua forma perde ou muda seu significado, perde seu potencial conotativo e, com ela, seu caráter literário (Sotomayor, 2000, p. 29). Fazer uso desse modo de expressão inexoravelmente envolve atividade criativa.

O uso deste dialeto de linguagem costumava ser muito popular na Idade Média para criar um efeito dramático (English Oxford Living Dictionaries, 2017). Portanto, está muito presente nos escritos litúrgicos. Hoje em dia é frequente encontrá-lo em poemas, poemas e canções.

A linguagem literária é maleável o suficiente para interferir em outros escritos não literários, como memórias e artigos jornalísticos.

Dependendo da estrutura e do conteúdo, a linguagem literária pode ser encontrada nos gêneros lírico, narrativo, dramático e didático-ensaístico.

Características da linguagem literária

1- Originalidade

A linguagem literária é um ato de criação consciente (González-Serna Sánchez, 2010, p. 49) em que o escritor pode ter a liberdade de escrever de maneira original e inédita, considerando o sentido próprio que ele dá às palavras e dessa maneira, afastando-se da linguagem comum.

2- Artístico

A intenção final do que está escrito é criar uma obra de arte, isto é, através das palavras transmitir beleza. O estilo e a maneira de dizer a mensagem sobre o conteúdo em si são privilegiados.

3- intenção comunicativa especial

A linguagem é um carro de comunicação e é o que dá sentido a isso. Portanto, a linguagem literária tem uma intenção comunicativa que é comunicar a beleza literária com um propósito prático (González-Serna Sánchez, 2010).

4 - Linguagem conotativa ou subjetiva

Revisando a originalidade e a ficção característica da linguagem literária, o escritor é soberano em dar sentido às palavras que deseja e confere ao seu discurso propósitos múltiplos e múltiplos significados (em oposição a um texto técnico ou não-literário), isto é, plurisignificação . Desta forma, cada receptor terá uma assimilação diferente.

5- Uso de ficção

A mensagem cria realidades fictícias que não precisam corresponder à realidade externa. O escritor pode ser muito versátil e transportar o leitor para outras dimensões quase idênticas à vida real, mas irreal no final do dia.

Esse mundo de ficção é o resultado da visão particular da realidade do autor, mas ao mesmo tempo gera no receptor algumas experiências vitais próprias que especificam a leitura do horizonte de expectativas com o qual um texto se aproxima (Sotomayor, 2000)., pp. 28-29).

5- Importância do formulário

A relevância da forma na linguagem literária leva o escritor a cuidar da "textura" da linguagem como tal, como a cuidadosa seleção das palavras, a ordem das palavras, a musicalidade, a construção sintática e lexical, etc.

6- função Poética

Buscando um propósito estético, a linguagem literária tira proveito de todas as possibilidades expressivas disponíveis (fônicas, morfossintáticas e lexicais) para produzir curiosidade e atenção por parte do leitor.

7- Uso de figuras retóricas ou figuras literárias

Vamos entender aqui por <>, em seu sentido mais amplo, qualquer tipo de recurso ou manipulação da linguagem com propósitos persuasivos, expressivos ou estéticos (García Barrientos, 2007, p. 10).

As figuras retóricas são formas de usar palavras de maneira não convencional para causar estranheza ao leitor e conferir ao texto mais significados. Destes recursos, encontramos uma grande variedade em duas categorias principais: dicção e pensamento.

8- Aparência em prosa ou verso

É escolhido com base nas necessidades do autor e do gênero escolhido (Herreros & Garcia, 2017).

A linguagem literária pode estar presente nas duas formas de linguagem: prosa ou verso.

Na prosa, que é a estrutura natural que a linguagem assume, nós apreciamos isso em fábulas, histórias e romances. Serve para enriquecer a descrição dos textos.

No caso do verso, sua composição é mais cuidadosa e exigente porque as obras líricas medem o número de sílabas (medida), os acentos rítmicos nos versos (ritmo) e, a relação entre os versos e a rima (estrofes).

Podemos apreciar esta forma em poemas, poesias, hinos, canções, odes, elegias ou sonetos.

Elementos que participam da comunicação literária

Esses são os aspectos que constituem um processo geral de comunicação, mas operam de maneira diferente quando se trata de comunicação literária.

1- Emissor

É o agente que visa gerar emoções ou estimular a imaginação, uma mensagem mais sensorial em relação ao emissor da comunicação que se concentra no conteúdo.

2- Receptor

É quem recebe a mensagem. Não é uma pessoa específica, mas uma hipótese exigida pelo próprio texto (González-Serna Sánchez, 2010, p. 51).

Lembre-se que a linguagem literária é uma expressão da comunicação artística, e sem a suposição de que "alguém" receberá a mensagem (mesmo sendo sensorial) que o autor deseja transmitir, perderia o seu significado.

3- Canal

É o meio pelo qual a mensagem literária é comunicada. Geralmente é em forma escrita, embora possa ser verbal quando um poema é recitado, um monólogo é dito ou cantado.

4- Contexto

O contexto, em geral, refere-se às circunstâncias, temporais, espaciais e socioculturais nas quais a mensagem é circunscrita, mas no caso da linguagem literária, a liberdade do escritor de dar rédeas à sua imaginação faz com que o contexto da obra literária (em realidade, a de qualquer obra literária) é ela própria (González-Serna Sánchez, 2010, p. 52).

5- Código

Esses são os sinais que serão usados ​​para transmitir a mensagem, mas, neste caso, ela não é usada da mesma maneira, porque não há interpretação unívoca do texto, mas a plurisignificação é explicada.