Qual é o processo de construção da ciência?

O processo de construção da ciência, a partir de uma abordagem positivista, começa com a identificação de um problema, a necessidade de conhecer a razão de um fenômeno ou as causas de uma mudança de comportamento.

Através da observação a olho nu ou com a ajuda de instrumentos, o problema é descrito. Uma vez que o assunto a ser investigado foi delimitado, os aspectos que não têm a ver com ele são descartados.

Em segundo lugar, os aspectos relacionados ao problema que foram obtidos através da observação, pesquisas anteriores ou pequenos experimentos são coletados.

Os dados coletados são organizados e, assim, são obtidas informações que sob a forma de uma afirmação ou relação matemática é formulada como uma hipótese. Geralmente é colocado como uma suposição ou prognóstico ou uma tentativa de explicação do problema.

Depois vem o momento da experimentação, o problema é levado ao laboratório e as soluções são tentadas até você encontrar uma que se encaixe. O problema é resolvido repetidamente para chegar a conclusões.

Quinto, a verificação é realizada, isto é, são propostos testes para responder ao problema de forma clara e precisa.

Finalmente, uma teoria natural ou lei é formulada. Quando uma lei é criada a partir do processo de construção da ciência, uma regra constante e invariável das coisas é criada.

Ciência na antiguidade

Somente até a Grécia antiga a humanidade ousou pensar que as coisas não vinham exclusivamente dos deuses. Os gregos da antiga Ionia questionaram a formação da matéria.

Contos de Mileto, no século 600 aC, junto com seus discípulos, surpreenderam em seu tempo afirmando que tudo era feito de água.

Observando a natureza, ele pensava que tudo vinha de um enorme oceano e, embora, evidentemente, isso fosse falso, ele se tornou o primeiro homem a questionar um processo mágico de aparência das coisas, do homem, dos fatos e dos fenômenos naturais.

Anaximenes, por outro lado, foi encarregado de explicar as condições do ar e Empédocles foi outro jônico mais interessado em demonstrar que o mundo era composto dos quatro elementos: água, ar, fogo e terra.

A Grécia Antiga via assim o nascimento de uma nova maneira de abordar o mundo, com princípios e regras, um novo caminho para o conhecimento que se chamava Ciência.

Foi então estabelecido que a ordem social e suas leis eram apenas uma tradição e não uma dedução, era um costume e não necessariamente uma verdade.

Mais tarde, Sócrates, Platão e Aristóteles propuseram os primeiros métodos de raciocínio filosófico, matemático, lógico e técnico.

Os dois paradigmas na construção da ciência

Todas as rotas para o conhecimento estão em um dos grandes paradigmas da ciência. Por um lado, existe o método científico de uma abordagem positivista, onde a realidade é observável e mensurável.

É o paradigma das ciências exatas, como a física ou a matemática, por exemplo, e usa métodos quantitativos para descrever os atributos da realidade.

O método científico busca conclusões absolutas, generalizáveis ​​e universais, como as moléculas que compõem a água ou o volume que o ar ocupa.

Por outro lado, é possível chegar ao conhecimento sob um paradigma hermenêutico ou interpretativo aplicado mais às ciências leves como a sociologia ou a psicologia.

Nesse caso, considera-se que a realidade é subjetiva e, portanto, deve ser observada de outra maneira.

A abordagem hermenêutica busca conhecer aspectos da realidade e relacioná-los entre si e com o todo, de forma sistêmica, holística ou estrutural. Sob esse paradigma, técnicas qualitativas são usadas para abordar a realidade como entrevistas, por exemplo.

Numa abordagem hermenêutica, a ciência utiliza como método a teoria bem fundamentada que envolve a coleta de dados, analisando-os e concluindo-os, retornando ao campo, coletando mais dados e, em um processo cíclico, construindo significados.

Ciência e seus princípios

A ciência, a partir de uma abordagem positivista, responde a dois objetivos: um é fornecer soluções e respostas a problemas e o segundo é descrever fenômenos para controlá-los.

Quanto aos princípios, ele responde claramente a dois: reprodutibilidade e refutabilidade.

O primeiro refere-se à possibilidade de repetir um experimento em qualquer lugar e em qualquer pessoa; o segundo aceita que toda lei ou teoria pode ser refutada através de uma nova produção científica.

A ciência, de uma perspectiva positivista, é caracterizada por ser baseada na razão sem espaço para especulação; é preciso, empírico e sistemático.

Utiliza um método para chegar a conclusões, é analítico e quando chega a conclusões é comunicável e aberto.

Também em uma progressão infinita, é preditivo; Desta forma, é possível iniciar um novo processo científico sobre o conhecimento adquirido.

Ciência: um caminho para o conhecimento com um método

Uma vez que o paradigma de um mundo criado pelos deuses foi quebrado, o número de homens movido pela curiosidade e encorajado a encontrar novos caminhos para o conhecimento se multiplicou.

Quando Galileu Galilei quis demonstrar que a terra não era o centro do universo, sem saber, deu vida ao método científico. Ele observou os fenômenos que o interessavam e anotou em seu caderno.

Mais tarde, ele as analisou, aplicou fórmulas e verificou suas próprias hipóteses. Quando a realidade provada coincide com a hipótese, aplicou suas descobertas a um novo fenômeno, buscando deduzir comportamentos que pudessem se tornar leis.

Nesta jornada de observações, experimentações e tentativas de demonstrar opiniões, a ciência agora reconhecida como um conjunto de técnicas e procedimentos que usavam instrumentos confiáveis ​​para demonstrar hipóteses estava tomando forma.

A ciência usa um método dedutivo hipotético, isto é, quer demonstrar uma hipótese investigando questões gerais para explicar os retornos particulares ao geral e, assim, continuar infinitamente em um processo cíclico.

E embora seja possível pensar em diferentes métodos científicos, estabeleceu-se desde o Renascimento, com René Descartes, até hoje.