7 barreiras à aprendizagem e participação

As barreiras à aprendizagem e à participação são todos os obstáculos e dificuldades que os alunos têm para aprender conceitos, ser integrados na comunidade educacional e poder participar e interagir dentro e fora dela.

Essas barreiras podem ser de todos os tipos: sociais, culturais, materiais, atitudinais etc., e nascem das circunstâncias e dos problemas sociais e econômicos que afetam a vida dos indivíduos.

Portanto, estendem-se ao contexto escolar, apresentando problemas ou "deficiências" na interação entre alunos, professores e instituições, indo ainda mais longe, até os contextos sociais.

Entende-se, então, que as barreiras à aprendizagem e à participação vão além da esfera meramente educacional, motivo pelo qual elas afetam e afetam também os professores, o pessoal administrativo, a família e o Estado.

O conceito foi introduzido em 2002 por Tony Booth e Mel Ainscow, como objeto de estudo dentro da chamada Educação Inclusiva, que visa levar em conta as necessidades de aprendizagem dos mais vulneráveis.

Para superar essas barreiras, é necessário e essencial avaliar o centro educacional e criar políticas inclusivas coerentes que facilitem os processos, forneçam orçamento suficiente e acompanhem as práticas, a fim de melhorar e eliminar constantemente essas armadilhas.

Principais barreiras à aprendizagem e participação

Para entender e aplicar o termo Educação Inclusiva, é preciso assimilar e admitir que cada indivíduo é único e único.

Além disso, leve em consideração o ambiente social e econômico (o contexto), que influencia de maneira muito importante, para que este último tenha que ser levado em conta ao colocar em prática estratégias pedagógicas.

Por exemplo, uma escola em uma área de classe média em uma cidade não pode implementar as mesmas estratégias que uma escola rural cujos alunos são de um estrato social baixo e cujos pais provavelmente têm pouca instrução.

Em geral, fatores contextuais devem ser levados em conta primeiro, mas fatores sociais, individuais e pessoais também devem ser avaliados para determinar os diferentes tipos de barreiras.

8 principais barreiras à participação e aprendizagem

1- Barreiras e práticas metodológicas

Eles estão diretamente relacionados ao trabalho docente, são todos os ajustes, planejamento, implementação, uso de recursos, estratégias, organização que o professor deve realizar para que todos os alunos aprendam considerando suas características e condições. Se o professor não o fizer, então é uma barreira metodológica ou prática.

2- Barreiras socioeconômicas

Aqui entra em jogo o nível econômico, as deficiências materiais que o aluno pode ter.

Por exemplo, não ter dinheiro suficiente para a compra de material didático, para a compra do uniforme e até mesmo, para poder se alimentar adequadamente.

Outros fatores socioeconômicos que podem estabelecer barreiras podem ser a distância entre a casa e o centro educacional, que envolve a dificuldade de locomoção, a necessidade de levantar cedo ou atrasar muito para voltar, a fadiga que isso implica, etc.

Levar em conta também a dificuldade de desenvolver atividades fora da sala de aula: acesso a bibliotecas, acesso à internet, possibilidade de reunião para fazer trabalhos em grupo, investigar diversas fontes, etc.

Barreiras Atitudinais

Nesta área, uma série de práticas perversas pode ser englobada, amplamente divulgada nos últimos anos e que não discriminam entre níveis socioeconômicos e geográficos.

É sobre rejeição, segregação e exclusão. Falamos sobre o popular "bullying", um termo em inglês que se espalhou tanto quanto sua própria prática.

Em todas as comunidades escolares houve uma segregação natural em qualquer época da história, realizada entre os próprios alunos e até mesmo por práticas errôneas e preconceitos por parte dos professores.

Assim, tem sido visto em diferentes épocas, segregação por raça, por status econômico, por aparência física, por diferentes tipos de personagens ou atitudes, ou por maiores ou menores qualidades intelectuais ou habilidades para aprender.

Mas esse problema antigo tornou-se crônico, endêmico e cada vez mais cruel e difícil de erradicar.

4- Barreiras de Infraestrutura

Muitas vezes os edifícios pedagógicos não possuem as condições ideais para facilitar o aprendizado e a inclusão.

Pode ser mencionado a partir de edifícios deteriorados, pouca iluminação ou más condições de higiene, à falta de condições necessárias para facilitar o acesso a alunos com deficiência ou necessidades especiais.

Pode-se mencionar também a escassez de materiais para pesquisa e experimentação e os problemas geográficos de acesso ao local (afastamento, canais de comunicação ruins, meios de transporte pobres, caros ou escassos, etc.).

5- Barreiras Práticas

Essas barreiras e a responsabilidade de superá-las correspondem mais ao sistema educacional e é, talvez, onde maior ênfase e estudo foram colocados para combatê-los.

Tem a ver com o desenho de programas curriculares versáteis, flexíveis e adaptáveis ​​a cada comunidade escolar e até a cada indivíduo em particular; práticas metodológicas que potencializem as capacidades dos alunos, modernização curricular escolar, mudanças administrativas e de avaliação, etc.

6- Barreiras de comunicação

Dentro dessas barreiras podemos citar a qualidade da comunicação entre alunos e professores: falando em linguagem compreensível, sendo assertivo, motivador e empático com o aluno.

Também tem a ver com a quantidade de comunicação: ter tempo para todos e dar a todos o que eles precisam, já que não é o mesmo para todos. Adapte o conteúdo a cada caso, mova-se a um ritmo relevante, etc.

Eles também estão relacionados com as necessidades dos alunos, de uma comunicação em uma língua indígena, se é o aluno falando, para conhecer a língua de sinais mexicana, se o aluno é surdo, para conhecer e se comunicar em Braille, se o aluno é cego, para saber fazer e implementar Fóruns de Comunicação se o aluno tiver uma condição que o impeça de se comunicar oralmente ou através de linguagem de sinais ...

7- barreiras socioculturais

É sabido que a educação ultrapassa os muros da sala de aula e deve ser um trabalho interdisciplinar entre a escola, a família e o Estado.

Nesse caso, as barreiras são apresentadas de várias formas, como a dificuldade da família em participar e ajudar o aluno a aprender, devido à falta de tempo, às relações familiares corroídas ou à falta de motivação. Também pode haver barreiras linguísticas (estrangeiros, indígenas, etc.).

Por outro lado, as políticas estaduais, escassas ou, em alguns casos, inexistentes, poderiam ser incluídas para facilitar o aprendizado, unir polos e unir as lacunas sociais e culturais na sociedade.