Os 10 principais tipos de terapias psicológicas

Os tipos de terapias psicológicas mais comumente usadas para crianças, adolescentes e adultos são terapia psicanalítica, terapia psicodinâmica, terapia cognitivo-comportamental, terapia comportamental, terapia cognitiva, terapia humanística, terapia gestalt, terapia neuropsicológica, terapia sistêmica e coaching.

Primeiro, devemos ter em mente que existem diferentes tipos de terapias e o que nem todos os psicólogos realizam o mesmo tipo de trabalho. Essa primeira avaliação é importante, pois cada tipo de terapia tem certas características e é mais útil para uma série de problemas.

Cada pessoa que pretende ir ao psicólogo deve documentar previamente os tipos de terapias existentes e as que melhor se adequam ao seu problema.

Deve-se ter em mente que as aulas de terapia não são planejadas de acordo com os problemas psicológicos que as preocupam ou com os distúrbios que pretendem tratar, mas correspondem a diferentes escolas e formas de interpretar a psicologia.

No entanto, os tipos de terapia têm diferenças importantes que devem ser levadas em conta na escolha do tipo de psicólogo. Nós os revisamos abaixo.

Lista das 10 principais terapias

1- Terapia psicanalítica

Essa terapia faz do nascimento da psicologia uma disciplina e tem suas origens no mais que famoso terapeuta Sigmund Freud, o pai da psicanálise.

A teoria de Freud explica o comportamento dos seres humanos e baseia-se na análise de conflitos inconscientes que se originam, principalmente, durante a infância.

De fato, para entender e interpretar as alterações psicológicas, Freud deu ênfase especial aos impulsos instintivos que são reprimidos pela consciência e permanecem no inconsciente.

Atendendo a essas premissas da psicanálise, o terapeuta psicanalítico se encarrega de trazer à tona os conflitos inconscientes através da interpretação dos sonhos, das ações fracassadas e da livre associação.

De todos eles, o mais utilizado hoje é a associação livre, uma técnica que visa expressar ao paciente nas sessões todas as suas ideias, emoções, pensamentos e imagens mentais à medida que são apresentados.

Essa expressão é feita sob a premissa do poder terapêutico da catarse emocional, ou seja, da necessidade que as pessoas têm de liberar nossos pensamentos e emoções para ter um bom estado de saúde mental.

Uma vez que o paciente tenha se expressado, o psicanalista deve determinar quais fatores refletem um conflito entre o inconsciente e o que não.

2- Terapia Psicodinâmica

A terapia psicodinâmica segue a linha do pensamento psicanalítico e é freqüentemente confundida com ela.

Contudo, a psicanálise e a psicoterapia psicodinâmica não são exatamente as mesmas.

A terapia psicodinâmica deixa para trás a visão clássica da abordagem analítica do eu, do id e do superego.

De fato, a psicoterapia psicodinâmica é considerada como a “modernização da psicanálise”, uma vez que abandona os aspectos mais polêmicos e extremistas dessa corrente.

Existem diferentes maneiras de realizar esse tipo de terapia, mas todas elas perseguem o mesmo objetivo: fornecer ao paciente um estado de consciência sobre suas razões e seus conflitos ocultos.

3- Terapia Cognitivo-Comportamental

A terapia cognitivo-comportamental supõe um distanciamento total das duas terapias que comentamos anteriormente.

De fato, tanto a conceituação do funcionamento da psique humana quanto a prática clínica estão longe umas das outras.

De acordo com a terapia cognitivo-comportamental (TCC), entende-se que pensamentos, crenças e atitudes afetam sentimentos e emoções, bem como o comportamento.

De fato, considera-se que a operação recai sobre essas três áreas principais, que são realimentadas umas às outras.

Dessa forma, uma emoção intensifica um certo tipo de pensamento, o que motiva um comportamento específico que, por sua vez, pode intensificar a emoção inicial ou o pensamento concreto.

Assim, sob essa premissa de funcionamento, a TCC é uma terapia que tenta ensinar ao paciente uma série de habilidades para lidar melhor com diferentes problemas.

De fato, o ponto fundamental para que esse tratamento seja efetivo é que o paciente se conscientize de seu funcionamento e seja capaz de aplicar as estratégias propostas pelo psicólogo para melhorar seu estado psicológico.

Além disso, a TCC trabalha tanto os padrões de pensamento, identificando-os, analisando-os e adaptando-os, quanto padrões de comportamento, aplicando técnicas que podem modificar o comportamento e ter efeitos benéficos.

A TCC é o tratamento por excelência das fobias e outros transtornos de ansiedade, embora atualmente seja usada para tratar qualquer tipo de transtorno mental.

4- Terapia comportamental

Terapias comportamentais são uma variante do tratamento cognitivo-comportamental que é caracterizado, como o próprio nome sugere, em se concentrar apenas no componente comportamental.

Como vimos anteriormente, de acordo com o TCC, há três aspectos principais que marcam o funcionamento de uma pessoa: pensamento, emoções e comportamentos.

Assim, enquanto a TCC cobre as três áreas discutidas, as terapias comportamentais adquirem uma visão mais extrema e focam apenas no comportamento.

De acordo com essa abordagem, o comportamento permanece como o principal elemento a ser abordado e é baseado no fato de que, se isso for modificado, os restos de variáveis ​​(emoções e pensamentos) também serão modificados.

Assim, as sessões terapêuticas desse tipo de terapias concentram-se apenas nas técnicas que visam modular o comportamento, com o objetivo de aumentar o bem-estar psicológico das pessoas.

Embora esteja cientificamente provado que na maioria dos casos é conveniente acompanhar essas técnicas com tratamentos cognitivos (como na TCC), a terapia comportamental é útil em diferentes casos.

Especialmente naquelas pessoas em que é muito complicado incorporar pensamentos racionais como na esquizofrenia, síndromes demenciais ou depressão muito grave, a incorporação de intervenções comportamentais pode ser a melhor opção de tratamento.

5- Terapia cognitiva

A terapia congitiva configura o outro lado da moeda do tratamento cognitivo-comportamental, deixando de lado aqueles que são direcionados para intervir no comportamento.

Dessa forma, a terapia cognitiva se concentra apenas na reconstrução dos pensamentos da pessoa, com o objetivo de eliminar aqueles que causam desconforto e geram cognições benéficas ao estado psicológico.

Dentro deste tipo de terapia aparecem muitas técnicas, como a reconstrução cognitiva, o diálogo socrático ou o modelo ABC.

Todos eles são caracterizados pelo fato de que o terapeuta, através de uma análise minuciosa dos pensamentos do paciente, tenta corrigir as cognições irracionais que aparecem.

Isso não significa que o psicólogo esteja dizendo ao paciente o que ele deve pensar e o que ele não deveria, mas que ele está conceituando e analisando juntos como as coisas devem ser vistas e quais pensamentos devem ser adotados.

Esta terapia é usada em abundância para tratar depressões (exceto em fases muito graves), distúrbios adaptativos e alguns distúrbios de ansiedade, especialmente transtorno de ansiedade generalizada.

6- Terapia humanista

A psicologia humanista é considerada a terceira onda da psicologia, que inclui tanto as perspectivas cognitivo-comportamentais como as perspectivas psicanalíticas.

Nasceu nas mãos de Abraham Maslow e Carl Rogers em meados do século XX e é fortemente influenciado pela fenomenologia e pelo existencialismo.

Nas terapias humanistas, argumenta-se que o indivíduo é consciente, intencional, em constante desenvolvimento, cujas representações mentais e estados subjetivos são uma fonte válida de conhecimento sobre si mesmo.

O paciente é visto como o ator principal tanto em sua busca existencial quanto na resolução de possíveis problemas que possa encontrar.

Desta forma, o terapeuta humanista tem um papel secundário como facilitador do processo, permitindo ao sujeito encontrar as respostas que ele busca sozinho.

O psicoterapeuta busca a autorrealização do ser humano, pelo que acompanha e orienta seu paciente, mas todas as decisões serão sempre tomadas pelo paciente.

7- Gestalt terapia

A Gestalt-terapia é um tipo particular de terapia humanista que foi desenvolvida por Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman em meados do século passado.

A partir desta posição, entende-se que a mente é a unidade auto-reguladora e holística, e baseia-se no princípio básico da psicologia gestáltica de que o todo é mais do que a soma das partes.

Isso significa que a gestalt concebe o ser humano como um todo, integrando seus diferentes aspectos como objetivos, necessidades, potencialidades ou problemas específicos.

Assim, neste tipo de terapias, técnicas experimentais e criativas são usadas para melhorar a autoconsciência, a liberdade e a autodireção do paciente.

O terapeuta nunca diz ao paciente o que fazer, mas usa a capacidade educacional do diálogo.

As terapias gestálticas dão grande valor ao momento presente e à autoconsciência da experiência emocional e corporal, sendo o indivíduo visto de uma perspectiva integradora.

Por essa razão, para muitas pessoas, a Gestalt não faz uma simples terapia psicológica, mas diz respeito a uma autêntica filosofia de vida que contribui positivamente no modo de perceber as relações com o mundo por parte do indivíduo.

8- Terapia Sistêmica

A terapia sistêmica também adquire uma visão integradora da vida das pessoas. Assim, o principal elemento que captura grande parte da atenção na psicoterapia é o conjunto de relações que emergem da vida do indivíduo.

De acordo com essa visão, tanto o que somos como o que construímos é derivado da interação que fazemos com os diferentes estímulos do mundo exterior, sejam eles pessoas, grupos de indivíduos, propriedades, atividades, etc.

A vantagem dessa psicoterapia é que, ao se concentrar diretamente nos relacionamentos do indivíduo, ele adquire um foco na resolução de problemas que podem ser muito práticos.

Ela é aplicada no tratamento de transtornos conceituados, como a expressão das alterações nas interações, os estilos comunicativos de um grupo de pessoas ou os estilos relacionais dos indivíduos.

Por esta razão, é uma terapia que atualmente é usada em abundância e com resultados muito positivos na resolução de problemas familiares e conflitos de casal, através das terapias de grupo conhecidas.

A terapia sistêmica concentra-se na identificação de padrões disfuncionais dentro do comportamento de um grupo (ou de um casal), por isso tenta equilibrar globalmente os sistemas de relacionamento e deixa de lado os problemas que surgem apenas no nível individual.

9- Terapia neuropsicológica

A terapia neuropsicológica e de reabilitação neurológica é responsável por realizar intervenções em pessoas de qualquer idade que apresentem algum tipo de lesão cerebral ou disfunção do sistema nervoso.

Doenças como Alzheimer ou Parkinson ou outras síndromes de demência, distúrbios amnésicos, ferimentos na cabeça, lesões cerebrais e outras patologias podem diminuir nossas habilidades cognitivas.

Dessa forma, a terapia neuropsicológica está um pouco distante dos tratamentos discutidos até agora e enfoca a reabilitação de habilidades cognitivas, realizando diferentes atividades e adaptando tratamentos específicos.

10- Coaching

Finalmente, o coaching é outra das funções desempenhadas pelos psicólogos, embora não configure a terapia psicológica em si.

De fato, hoje em dia existem cada vez mais profissionais (não apenas psicólogos) que aderem a esse tipo de intervenção.

Devemos ter em mente que, ao contrário dos discutidos acima, o coaching é uma técnica que visa ao desenvolvimento pessoal, mas não se refere à psicoterapia.

Assim, apesar de esse tipo de intervenção poder ser útil em muitos casos, é desencorajado realizá-la quando há alterações psicológicas graves, principalmente se o profissional que realiza o tratamento não é psicólogo.