Hiperestesia: características, sintomas e causas

A hiperestesia é um distúrbio da percepção que se caracteriza por originar uma distorção sensorial através de um aumento na intensidade das sensações.

Ou seja, a hiperestesia é um sintoma que provoca uma sensação exagerada de estímulos táteis e, em alguns casos, estímulos visuais.

A pessoa que sofre desse distúrbio percebe os estímulos de forma excessivamente intensa, fato que muitas vezes provoca sentimentos de desconforto de forma contínua e recorrente.

É a antítese da hipóstase (diminuição da sensibilidade) e da anestesia (completa ausência de sensibilidade) e é causada por alterações anatômicas e funcionais das regiões cerebrais que modulam os impulsos sensoriais.

Características da hiperestesia

A hiperestesia é um distúrbio de percepção causado pela diminuição do limiar perceptivo. Ou seja, a pessoa percebe os estímulos mais intensamente, pois a raiz dorsal do cérebro causa pouca ou nenhuma perda sensorial.

O aumento da percepção é limitado a estímulos táteis, de forma que o restante dos processos perceptivos (audição, visão, olfato e paladar) estejam intactos e percebidos de maneira normal.

A experimentação da hiperestesia geralmente está sujeita ao sofrimento de alguma patologia ou ao consumo de substâncias que afetam o funcionamento perceptivo do sujeito.

Em geral, pessoas com hiperestesia experimentam sensações desagradáveis ​​por meio do tato, uma vez que são excessivas em intensidade, velocidade ou número.

O mais comum é que os estímulos táteis são percebidos com muita intensidade. Por exemplo, uma pessoa com hiperestesia pode sentir desconforto ao colocar as calças devido à estimulação excessiva causada pela fricção de seu corpo com a roupa.

No entanto, em alguns casos, a hiperestesia pode não se destacar tanto pela sua intensidade, mas pela sua quantidade. Ou seja, a pessoa com essa alteração pode experimentar sensações táteis intensas em múltiplas regiões do seu corpo e através de inúmeros estímulos.

Sintomas

A sintomatologia da hiperestesia é definida por um aumento na sensibilidade tátil. Isto é, através da experimentação de sensações extremamente altas.

Deste modo, as manifestações podem aparecer em situações extremas ou exigentes, mas também em qualquer momento cotidiano e totalmente normal.

Em geral, pessoas com hiperestesia costumam sentir sensações de formigamento, formigamento ou embotamento permanentemente.

Qualquer tipo de contato tátil, mesmo que leve, pode causar desconforto no assunto. Desta forma, atividades diárias como vestir-se, tomar banho, fazer a barba, sentar-se, colocar creme ou entrar em contato físico com outras pessoas são muitas vezes irritantes.

Por outro lado, a hiperestesia geralmente é uma alteração particularmente importante na transmissão da dor. Indivíduos com esse distúrbio são muito mais sensíveis aos estímulos táteis, então eles também percebem os estímulos dolorosos mais intensamente.

Esse fato faz com que a resistência à dor seja muito menor e qualquer estímulo minimamente prejudicial possa gerar curas dolorosas elevadas. Por exemplo, atividades como depilar, esfoliar a pele ou receber uma massagem intensa geralmente são situações difíceis para uma pessoa com hiperestesia.

Hiperestesia de dentina

A hiperestesia dentária é um tipo específico de hiperestesia que é caracterizada por uma resposta exagerada aos estímulos térmicos na região dentária. Geralmente se manifesta com uma dor aguda e curta que é gerada na dentina que é exposta.

Neste caso, a hipersensibilidade tátil é causada pela exposição do terço da raiz do dente (causado por escovação agressiva e abrasiva), a perda do esmalte dentário devido à erosão dentária, sobrecarga dental ou doença periodontal. .

Assim, resulta em um tipo específico e distinto de hiperestesia que também apresenta causas diferentes. Em geral, existem duas condições para essa alteração se manifestar:

  1. Apresentar uma exposição dentinária caracterizada por processos de erosão e abrasão.
  1. Abertura do túbulo dentinário, geralmente causada por ácidos e abrasão.

Causas

A hiperestesia é um sintoma incomum que geralmente aparece devido ao sofrimento de psicopatologias ou ao consumo de substâncias psicoativas.

Nesse sentido, atualmente, considera-se que a maioria dos casos de hiperestesia é causada por uma causa primária, razão pela qual é interpretada como um sintoma secundário às alterações psicopatológicas.

1- Psicopatologias que ocorrem com hiperestesia

A hiperestesia está relacionada a duas principais psicopatologias: mania e transtornos psicóticos.

Em relação à mania, a hiperestesia é um sintoma incomum que alguns indivíduos com transtorno bipolar do tipo I podem experimentar.

Neste caso, argumenta-se que a excitabilidade cerebral que causa a sintomatologia típica da mania também seria responsável por diminuir a perda sensorial e causar hiperestesia.

Em relação aos transtornos psicóticos, a hiperestesia é um sintoma um pouco mais prevalente, embora não seja uma das manifestações mais típicas do transtorno.

Especificamente, devido à sua maior prevalência, o transtorno que gera maior número de casos de hiperestesia é a esquizofrenia. Como no caso anterior, apesar de não haver estudos conclusivos, postula-se que as alterações no funcionamento cerebral que originam a patologia causam o desenvolvimento de hiperestesia.

2- Tóxicos que podem gerar hiperestesia

O consumo de substâncias psicoativas também pode causar um aumento na sensibilidade da pessoa. Nesses casos, a hiperestesia geralmente ocorre paralelamente à intoxicação, então desaparece quando os efeitos psicoativos da droga acabam.

As drogas estimulantes são aquelas que demonstraram maior relação com a hiperestesia. Desta forma, substâncias como a cocaína ou a metanfetamina causam uma estimulação cerebral que pode causar uma diminuição da perda sensorial.

Da mesma forma, substâncias sedativas também podem causar hiperestesia. Especificamente, o uso de heroína tem sido positivamente relacionado à experimentação deste tipo de sensações.