Lenda da menina do panteão

A lenda da garota do panteão é uma história muito popular no México que fala de uma garota que geralmente aparece em um cemitério e que, às vezes, interage com quem a vê. Outras vezes é simplesmente visto e assustado com seu riso espectral para aqueles que o recebem durante a noite.

Existem variações em relação ao local e os nomes de alguns caracteres, bem como a data em que os eventos que originaram a legenda ocorreram. Além disso, às vezes a menina é mostrada perto de um túmulo em particular, e em outras versões podem aparecer mesmo em áreas próximas ao cemitério ou cemitério, mas fora dela.

É muito comum encontrar histórias e lendas do terror em que o protagonista é uma menina. Sua inocência e delicadeza parecem ser um fator que causa grande interesse entre os ouvintes desse tipo de histórias.

Existem lendas que se tornam bem conhecidas em determinadas regiões e que acabam sendo adaptadas às características de cada site por aqueles que as contam. A lenda da garota do panteão é uma dessas, tendo adquirido grande importância na América Latina, especialmente no México.

Lenda da garota do panteão

Existem muitas versões da lenda da menina do panteão, mas as mais conhecidas são as seguintes:

Versão 1: uma garota desobediente

Dizem que Miranda era uma garota que morava com os pais, que às vezes saíam e a deixavam sozinha às vezes. Um desses dias de tédio da solidão levou Miranda a fugir de casa, desobedecendo a instruções para se comportar bem na ausência de seus pais.

Entre a excitação de sair e a adrenalina de desobedecer, Miranda decidiu entrar no cemitério que ficava perto de casa. No começo, ele sentiu um pouco de medo, mas isso não o impediu de continuar.

Miranda brincou pulando entre os túmulos e de repente encontrou um que estava meio aberto. Quando ele se aproximou, ele tropeçou e perdeu o equilíbrio, caindo no buraco. A garota foi atingida com força na cabeça e morreu instantaneamente.

Agora o fantasma de Miranda perambula pelo cemitério, às vezes brincando, às vezes enxotando as crianças que passam perto do local e, como ela, desobedecem seus pais.

Versão 2: entre flores e fantasmas

Em Monterrey está o Pantheon del Carmen, perto do qual morava uma família cujo negócio era vender flores. As crianças da família eram María, Gregorio e Viviana, que ajudaram seus pais nos dias em que havia mais trabalho; isto é, o Dia dos Mortos e o Dia dos Santos.

Um dia, Viviana, a criança mais nova, brincou com outras crianças no panteão até que, de repente, saiu do grupo. Sua irmã Maria viu isso e decidiu segui-la. Viviana parou em um antigo mausoléu e começou a conversar com alguém. Maria não conseguia ver com quem estava sua irmãzinha, mas quando ouviu risos e lágrimas, ficou com medo e perdeu a visão de Viviana.

Nesta situação, todos os adultos começaram a procurar a menina com lanternas durante a noite. Chegaram ao túmulo e viram que Vivianita estava dentro. A grande surpresa foi que a sepultura havia sido fechada por muitos anos.

Para entrar eles quebraram uma janela do mausoléu e resgataram a menina. Quando saíram, Viviana disse que tinha uma amiga chamada Carmina, que a convidara para morar com ela porque se sentia muito sozinha quando não era visitada por ninguém. Foi o mês de outubro.

Um dia ruim para jogar

Quando o Dia dos Mortos chegou, havia muito trabalho e toda a família foi ajudar nos arranjos de flores. Viviana trouxera uma boneca para brincar, mas quando voltou para casa não tinha mais. Quando perguntada sobre sua boneca, a garota disse que Carmina pediu quando ela estava no panteão.

A mãe ao ouvir isso disse ao marido para acompanhá-la ao túmulo de Carmina. Quando eles chegaram, viram que a boneca estava lá; Naquele momento a senhora sentiu o toque de uma pequena mão na sua.

Ao voltar para casa, o casal conheceu sua filha Maria. Ela chorou com muito medo dizendo que Vivianita não acordou. Eles tentaram reanimá-la, chamaram os médicos, mas só confirmaram que a menina havia morrido de "causas naturais".

Após este evento, a senhora e seus filhos estavam longe do México até que decidiram retornar a Monterrey. Eles se encontraram novamente com o pai junto com a valência do panteão, que com um semblante sereno contou que às vezes à noite o riso de duas meninas brincando, vindas do túmulo de Carmina, podiam ser ouvidas.

Versão 3: erro de cálculo

Durante os anos 30, em Jalisco, diz-se que uma família iria enterrar um parente e decidiu levar consigo uma das meninas, que mal tinha sete anos de idade. Os adultos pensaram que era importante que a menina aprendesse cedo como era a questão da morte.

Depois de terminar o ritual, eles voltaram para casa e perceberam que a menina não estava com eles. Voltaram ao cemitério para procurá-la, mas não a encontraram. Eles fizeram isso por um longo tempo, até que se renderam e desistiram por se perderem.

O que realmente aconteceu foi que durante o enterro a menina estava muito perto do túmulo. De repente, ela recebeu um golpe que a fez cair inconsciente dentro do túmulo, sem que ninguém percebesse.

Anos depois, a família ia enterrar outro membro da família, encontrando a terrível surpresa do corpo da menina no buraco quando levantaram a lápide. Dizem que a menina aparece no cemitério e, se deixam brinquedos, acabam perto do túmulo onde está o pequeno.

Panteões famosos pela lenda

Alguns dos panteões mais conhecidos quando esta história é contada da menina fantasma do cemitério são o Panteão de San Miguel de Apodaca, o Panteão de San Isidro na Cidade do México, o Panteão Hidalgo em Tepic Nayari e o Panteão de Carmen em Monterrey.

Os cemitérios não só abrigam túmulos e flores; Isto é demonstrado por ter tantos contos de aparências espectrais no folclore. Os panteões acima mencionados têm muitos anos de história, o que lhes dá um toque ainda maior de mistério.

Ao visitar as diferentes cidades e pesquisar seus mitos e lendas, percebe-se que os ingredientes dessas histórias são comuns entre si.

A doença, o medo do desconhecido e a própria morte sempre causaram desconforto no homem. Esses elementos são o que dão forma e substância às histórias de terror, tão antigas quanto a humanidade.