Top 10 Técnicas de Modificação de Comportamento Mais Modificadas

As técnicas de modificação de comportamento visam mudar o comportamento do sujeito com uma intervenção psicológica.

As diferentes abordagens vão desde a análise comportamental aplicada, a orientação comportamental mediacional, a orientação baseada na aprendizagem social até a orientação cognitiva e / ou cognitivo-comportamental.

Atualmente, essas diretrizes não são independentes e fechadas. Cada um desenvolve suas intervenções de acordo com o modelo explicativo de referência, mas os psicólogos se adaptam e são flexíveis ao realizar uma intervenção para que a pessoa atinja um estado de bem-estar e competência pessoal.

A modificação comportamental não se concentra apenas em comportamentos observáveis, mas também em aspectos cognitivos e processos básicos envolvidos em sua origem, desenvolvimento, manutenção e mudança.

As principais características seriam a importância das variáveis ​​individuais, bem como o papel ativo da pessoa no processo de mudança.

O contexto em torno da pessoa, uma avaliação precisa e programas de intervenção individualizados também desempenham um papel importante.

A isso se soma a importância da fundamentação teórica e da avaliação empírica dos procedimentos de intervenção, bem como a colaboração entre os profissionais e a ampliação das áreas e áreas de aplicação.

A seguir, mencionarei algumas das diferentes técnicas de modificação de comportamento existentes.

10 das técnicas de modificação de comportamento mais utilizadas

1- dessensibilização sistemática

É uma técnica cognitivo-comportamental proposta por Wolpe e visa reduzir as respostas de ansiedade e os comportamentos de evitação aos estímulos temidos. É uma das primeiras técnicas de modificação comportamental.

Wolpe baseou-se nos trabalhos de Watson e Rayner sobre o condicionamento do medo, pensando que, assim como o medo poderia ser condicionado à pessoa, também poderia ser eliminado pelo mesmo procedimento.

Através desta técnica pretendemos associar estímulos que provocam a resposta de ansiedade com respostas incompatíveis a ela, como o relaxamento.

Isso é o que é conhecido como counterconditioning; depois de várias associações entre essas respostas incompatíveis, produziria um novo aprendizado. Assim, a situação que causou ansiedade irá parar de fazê-lo, quando a resposta incompatível ocorrer.

Além disso, associar a resposta a essa situação específica generalizará para diferentes circunstâncias.

Na dessensibilização sistemática, há uma diminuição na resposta. O aspecto chave para a extinção da resposta é a falta de reforço.

O medo é adquirido por condicionamento clássico ou associação entre estímulo incondicionado (que produz uma resposta) e condicionado (ocorre como resultado de um estímulo anterior).

Na dessensibilização sistemática, o estímulo condicionado é apresentado sem ser seguido pelo estímulo aversivo incondicionado (desagradável para aqueles que o recebem). Este último levaria à eliminação da resposta do medo condicionado ao estímulo.

2- Técnicas de exposição

Técnica comportamental que visa abordar sistematicamente situações que geram respostas de ansiedade, evitação ou fuga.

A pessoa é exposta a esses estímulos temidos até que a ansiedade ou a emoção diminuam quando percebem que as consequências que esperam acontecer não ocorrem.

Com esta técnica, pretende-se evitar que a pessoa estabeleça a evitação e escape como sinais de segurança.

Baseia-se em evidências empíricas e mostra que a exposição contínua e prolongada a estímulos temidos reduz a resposta de medo e ansiedade. É uma técnica fundamental para intervenção em transtornos de ansiedade.

Os mecanismos associados a essa terapia são a habituação de uma perspectiva psicofisiológica, a extinção de uma perspectiva comportamental e a mudança de expectativas de uma perspectiva cognitiva.

As sessões de exposição devem ser longas para garantir a habituação ao estímulo ou situação temida. Desta forma, evita a ocorrência de sensibilização ou aumento da resposta devido à exposição continuada.

Existem diferentes tipos de técnicas de exposição, tais como exposição ao vivo, exposição da imaginação, exposição em grupo, auto-exposição ou exposição através de novas tecnologias.

3- Mindfulness

Este termo refere-se à concentração de atenção e consciência ou plena consciência e um dos seus referentes mais claros é a meditação clara. É uma maneira de estar no mundo sem preconceito, é uma filosofia ou modo de vida.

Surge devido ao interesse ocidental na tradição oriental e no budismo. Meditação ou uso de procedimentos de relaxamento cognitivo ou fisiológico, configure várias técnicas para alcançar vários efeitos de desativação fisiológica e emocional.

Essa atenção total consiste em um processo de observação do próprio corpo e mente, permitindo que as experiências aconteçam, aceitando-as à medida que são apresentadas.

Você deve prestar atenção a sentimentos, emoções e pensamentos, sem julgar se estão corretos ou incorretos, apropriados ou inadequados.

Os elementos essenciais são a aceitação tanto do positivo quanto do negativo, a concentração no momento presente, sentindo tudo sem essa necessidade e essa busca pelo controle.

É o próprio indivíduo quem escolhe quais experiências escolher, em que ele está envolvido e no que ele age e se concentra.

Com esta técnica, você não quer reduzir ou controlar o desconforto, medo, raiva, etc. ao contrário, destina-se a experimentar esses sentimentos e emoções. É uma renúncia ao controle de emoções, pensamentos e sentimentos.

O método mais utilizado inclui elementos cognitivos, meditação com tipos específicos de relaxamento ou atividades centradas nas sensações que o corpo experimenta. É usado no tratamento de distúrbios psicológicos, como depressão ou ansiedade.

4- Moldagem

Também chamado de aprendizagem por aproximações sucessivas, é uma técnica baseada no condicionamento operante. Consiste em reforçar as sucessivas aproximações que o indivíduo faz durante a intervenção até chegar ao comportamento final, bem como extinguir as respostas anteriores que elas vêm dando.

No momento da realização do comportamento, recorre-se ao uso de instigadores ou estímulos que promovem o início de uma resposta em uma pessoa que apresenta dificuldades para isso. Podem ser estímulos verbais, físicos, ambientais ou gestuais.

Para realizar essa técnica, uma série de etapas é seguida:

  • Definir o comportamento final, suas características e os contextos nos quais ele pode ser realizado ou não.
  • Defina o comportamento inicial, que deve ser um comportamento que ocorre regularmente para que possa ser reforçado e compartilhar características com o comportamento que você deseja alcançar.
  • Determine o número de etapas ou comportamentos intermediários e o tempo que estará em cada um deles. Isso dependerá do nível do comportamento final, da sua dificuldade e das habilidades e recursos da pessoa.

Além disso, a modelagem requer que, enquanto novos comportamentos são reforçados, os comportamentos anteriores sejam extintos, com apenas o reforçador aparecendo quando o comportamento concreto do estágio no qual o indivíduo está presente é emitido.

5- Corrente

É outra técnica de modificação de comportamento que é usada para estabelecer novos comportamentos em sujeitos, com base no condicionamento operante e que é usada quando se aprende sobre atividades cotidianas.

Comportamentos complexos podem ser divididos em comportamentos mais simples, cada um trabalhando separadamente e cada comportamento simples atuando como um estímulo discriminativo para o próximo e reforçando o comportamento anterior.

Seu procedimento consiste na formação de um comportamento mediante combinações de uma sequência de passos simples, na qual o sujeito avança conforme domina o passo anterior.

Esse encadeamento pode seguir sequências diferentes, como encadeamento para trás, encadeamento para frente e apresentação da tarefa complexa.

6- Tempo limite

Está dentro das técnicas de condicionamento operante e consiste na redução de comportamentos, retirando a pessoa da situação em que ela está obtendo o reforçador que a mantém. Este reforçador é obtido contingentemente a ele.

Para realizá-lo é necessário ter identificado o reforçador que mantém esse comportamento e ser capaz de remover a pessoa do ambiente em que ela é reforçada.

A aplicação dessa técnica produz uma rápida redução no comportamento, mas para ser eficaz exige que a pessoa deixe a esfera na qual o estímulo é obtido, usando-a apenas em períodos específicos de tempo.

Além disso, a diminuição desse comportamento deve-se à história e ao programa de reforço que o manteve, bem como ao valor de intensificação da situação.

É usado principalmente com crianças, principalmente em contextos educacionais. Ainda assim, pode ser usado com pessoas de qualquer idade. Existem diferentes variantes da técnica, como o tempo de isolamento, exclusão, exclusão ou auto-imposta.

7- Custo de Resposta

Este método consiste na retirada do contingente reforçador da emissão de um comportamento a ser eliminado. É semelhante ao castigo negativo, pois é um procedimento que consiste em remover um estímulo que atue de forma positiva para a pessoa.

Para sua aplicação, é necessário identificar incentivos poderosos que possam ser retirados imediatamente após a realização desse comportamento, aplicando-o de forma sistemática e contínua.

Espera-se que as conseqüências negativas da retirada de um reforçador sejam mais importantes do que os possíveis efeitos positivos dos estímulos que estão mantendo o comportamento.

Esse procedimento produz efeitos muito rápidos, mas também pode produzir respostas emocionais e facilitar comportamentos de agressão.

É necessário poder retirar o reforçador de maneira contingente e consistente à emissão do comportamento a ser eliminado, para isto é necessário que a pessoa tenha reforços que sejam efetivos para que o sujeito seja intervindo.

Também é aconselhável recorrer ao reforço positivo de comportamentos e alternativas mais adequados ao comportamento problemático. Isso impedirá o aparecimento de comportamento emocional negativo.

8- Economia de fichas

Essa técnica é um sistema para organizar contingências externas que tem o objetivo de controlar o contexto no qual ela está sendo executada.

Com a palavra "economia", é feita referência ao fato de que este método funciona como um sistema econômico em que a pessoa cobra ou paga com cartões dependendo se ele realiza ou não certos comportamentos.

Os chips atuam como reforçadores condicionados e generalizados, usando desde bônus, tickets, adesivos até chips de plástico.

A pessoa obtém estes cartões quando emite o comportamento desejado, funcionando como uma ponte temporária entre a emissão desse comportamento até obter o incentivo subsequente.

Esses chips atuam como estímulos secundários que serão posteriormente alterados por reforçadores primários ou prêmios que podem ir de objetos materiais para a realização de atividades ou para a obtenção de certos privilégios.

Com este sistema, um controle quantificado do número de comportamentos emitidos pela pessoa pode ser realizado, permitindo controlar a evolução dos comportamentos e mudar a intervenção em função da referida evolução.

É uma técnica que é realizada principalmente em centros institucionalizados, em contextos educacionais, em ambientes esportivos e em diferentes ambientes comunitários.

9- Contratos comportamentais

Documento escrito de natureza formal que especifica os comportamentos que uma pessoa ou grupo de pessoas concorda em desenvolver e as conseqüências que resultarão da sua realização ou não.

Ela não precisa de tanto controle no nível contextual nem exige a implementação de novos reforçadores generalizados, como a economia de fichas.

Além disso, existem várias formas de contrato, tais como contratos negociados ou não negociados, verbais ou escritos, individualizados ou padrão, públicos ou privados.

O destinatário do contrato pode ser uma pessoa, um casal ou um grupo de pessoas. É usado principalmente em terapias familiares e de casal.

O comportamento ou comportamentos alvo devem ser claramente definidos no contrato, bem como a duração e o tempo em que eles devem ocorrer.

As conseqüências também serão especificadas, tanto para a emissão quanto para a não emissão; os critérios de avaliação para realizar um controle, bem como o início e a duração do contrato.

Ele contém as demandas das partes expressas através de comportamentos específicos. Especifica a relação entre comportamento e recompensas ou punições e permite controlar o ambiente de forma eficaz.

10- Técnicas de autocontrole

Estas técnicas destinam-se a inculcar e reforçar as pessoas para que possam, elas próprias, regular o seu comportamento através de estratégias e procedimentos para atingir os objetivos estabelecidos.

No início da intervenção, é realizado um treinamento para fornecer todas as informações necessárias sobre como essas estratégias funcionam e para que elas se conscientizem do papel ativo que o indivíduo desempenha na obtenção e realização de suas realizações.

Para perceber o progresso, a pessoa deve estar comprometida e ciente do processo de mudança e de suas capacidades para alcançar esses objetivos.

As estratégias que são realizadas no início seguem passos semelhantes ao processo de modelagem, através do desenho de um sistema de aproximações sucessivas.

O terapeuta terá um papel de apoio que a princípio estará mais presente, mas depois terá cada vez menos peso, removendo os auxílios pouco a pouco.

Os passos a seguir nessa técnica seriam favorecer o compromisso de mudar, especificar e avaliar o problema, planejar os objetivos, projetar e implementar estratégias de mudança e melhorar a manutenção e possíveis recaídas.

O programa de treinamento de autocontrole consiste em várias fases:

  • Auto-observação
  • Estabelecimento de objetivos.
  • Treinamento em técnicas concretas.
  • Estabelecimento de critérios de execução.
  • Aplicação de técnicas em contextos reais.
  • Revisão das aplicações feitas em contextos reais com o terapeuta.