As 7 principais causas da revolução mexicana

As causas da revolução mexicana foram múltiplas, destacando a exploração das classes trabalhadoras, a corrupção, a total ausência de liberdade de imprensa ou que todos os privilégios estavam nas mãos de estrangeiros e da aristocracia mexicana.

A união de todos estes factores fez que, em 1910, se iniciasse um movimento revolucionário que culminou com a promulgação de uma nova Constituição, a qual reconheceu direitos trabalhistas e concedeu garantias sociais.

As 7 causas mais relevantes da Revolução Mexicana

1- Governo despótico de Porfirio Díaz

Porfirio Díaz foi um ditador que liderou o México entre 1877 e 1880, e depois de 1884 a 1911.

Seu governo, conhecido como Porfiriato, foi caracterizado por promover o crescimento econômico e o boom industrial, mas às custas dos habitantes mais vulneráveis ​​do México.

Um dos elementos mais característicos do governo de Díaz é que começou prometendo que não aceitaria a reeleição e acabou governando por mais de 30 anos.

Seu governo era militar, ele controlava as instituições, não havia liberdade de imprensa e o desenvolvimento de líderes políticos era evitado.

2- Progresso baseado em capital estrangeiro

O lema do governo de Porfirio Díaz foi "Paz, Ordem e Progresso". Quando Diaz assumiu o poder, o Estado estava em uma situação econômica ruim, com muitas dívidas e poucas reservas, e o ditador queria reativar a economia mexicana.

Por esta razão, Díaz encorajou fortemente o investimento estrangeiro desde que chegou ao poder. E para tornar esse investimento mais atraente, Díaz criou condições muito favoráveis ​​para os investidores, dentre os quais uma força de trabalho se destaca a um custo muito baixo, às vezes até sem custo.

Como resultado da abertura ao investimento estrangeiro, muitos dos recursos do México foram administrados por empresas na Europa e nos Estados Unidos.

Assim, a riqueza gerada por itens importantes, como a mineração ou a indústria ferroviária, foi para os estrangeiros, que constituíram uma nova classe social muito poderosa no México.

Esta situação era muito desconfortável para os pequenos empresários e membros da classe média mexicana.

3- Ausência do direito do trabalho

Os trabalhadores não tinham direitos. A promessa de uma mão-de-obra muito barata, ou mesmo de um presente, implicava condições de trabalho realmente deploráveis ​​para os camponeses e trabalhadores.

Além do número de horas do dia, que era em torno de 12 horas contínuas, e salários excessivamente baixos, um grande número de proibições recaíam sobre os trabalhadores (solicitando aumentos salariais, realização de greves ou protestos, etc.).

Outra forma de obter mão-de-obra gratuita era promover o endividamento dos trabalhadores, pois assim eles se sentiam obrigados a trabalhar sem o direito de receber qualquer pagamento.

Em alguns casos, também foi pago com créditos em vez de dinheiro. Houve também discriminação no emprego na classe média, porque muitos cargos foram vetados para os mexicanos.

4- Descarte de terra dos trabalhadores

No período de governo de Porfirio Diaz, foi criada a "Lei de Demarcação e Colonização de Bad Lands", que vigorou por cerca de 10 anos, e que permitiu a transferência de terras consideradas não cultivadas e a adjudicação dessas terras sem anulação de nada. eles.

Esta ação implicou a desapropriação das terras, especialmente os indígenas mexicanos. Deu lugar a empresas de agrimensura estrangeiras, encarregadas de determinar os limites das terras consideradas incultas, que permitiam a tomada de terras pertencentes a habitantes mexicanos.

Esta maneira de distribuir a terra gerou que a maioria das terras estava nas mãos de muito poucos.

Houve uma distribuição desigual de terras. De fato, estima-se que na última fase do período do governo de Diaz, 70% das terras eram de propriedade de empresas estrangeiras e de alguns empresários pertencentes à classe social alta.

5- Grande lacuna de classe

A distribuição desigual da terra, a concessão de altos benefícios para a classe social alta e praticamente nenhum benefício para as classes sociais mais baixas, os obstáculos apresentados à classe média para a execução de seu trabalho, entre outros aspectos, fizeram uma grande diferença. entre as diferentes classes que viviam no México.

Havia três classes muito diferentes:

  • Por um lado, havia a classe alta, a aristocracia, que possuía propriedades, empresas, fábricas e tinha amplo poder político.
  • Em segundo lugar, havia a classe média ou a pequena burguesia, composta de pequenos comerciantes e profissionais; a classe média foi fundamental para o movimento revolucionário devido ao descontentamento gerado porque eles não percebiam os privilégios que correspondiam a eles.
  • Em último lugar estava a classe mais baixa, os trabalhadores e os trabalhadores, que viviam em péssimas condições de trabalho e praticamente não gozavam de nenhum direito.

6- Corrupção

Alguns historiadores caracterizam o período do Porfiriato como uma corrupção institucionalizada.

A idéia de Diaz era administrar o país como uma empresa, especialmente permitindo investimentos de outros países, e os lucros obtidos foram usados ​​em pequena medida para melhorar a qualidade de vida dos mexicanos.

Díaz deu privilégios a amigos e familiares, com quem ele comprou seus testamentos e os manteve leais a ele, garantindo o apoio que precisava para permanecer no cargo.

O ditador usou dinheiro público para pagar dívidas públicas de outros países, e também para financiar suas incursões em vários negócios, como o setor ferroviário, bancário e de mineração.

7- Negação da democracia

Dado seu interesse em permanecer no poder, Porfirio Díaz fez todo o possível para evitar eleições livres e democráticas no México.

Diaz estava interessado em manter um governo forte e poderoso, então a ideia de democracia foi contra ele.

Diaz conseguiu modificar a Constituição quantas vezes fosse necessário para se perpetuar no poder.

Ele começou seu mandato protestando contra a reeleição, então propôs que essa reeleição fosse permitida com um mandato presidencial e, em seguida, estendeu o mandato presidencial para seis anos.