Lógica formal: objeto de estudo, características, tipos e exemplos
A lógica formal, também chamada de lógica teórica ou lógica matemática, determina quais são as formas válidas e corretas de raciocínio. Por meio dessa prática, procuramos diferenciar o certo do errado.
Na lógica formal, os símbolos são usados de forma inequívoca e tão clara quanto possível, de modo que não possam ser manipulados. Graças a essa prática, é possível desenvolver suas próprias ideias.
A palavra "lógica" vem do antigo grego λογικήlogik ḗ, que significa "dotado de razão intelectual, dialética e argumentativa". A lógica é um dos ramos da filosofia e da matemática e é considerada muito útil para essas disciplinas.
Em geral, a lógica estuda a forma do pensamento. As primeiras obras feitas em relação à lógica são atribuídas ao filósofo grego Aristóteles, razão pela qual ele é conhecido como o pai fundador dessa área de pensamento.
Ao longo da história, vários filósofos, matemáticos e lógicos defenderam a lógica formal. Entre eles podemos nomear o matemático e lógico Alonzo Church; o filósofo, matemático e lógico Gottlob Frege; e o matemático e filósofo Alfred North Whitehead.
Eles também foram grandes defensores Alfred Tarski, KurtGödel, Bertrand Russell e Willard Van Orman Quine, entre outros.
Objeto de estudo
A lógica formal utiliza como objeto de estudo aspectos como raciocínio, conceito, julgamentos e demonstração. A partir desses elementos, analisa e estuda todos os recursos de linguagem e semântica, para chegar a uma conclusão.
Nesse sentido, estabelece-se que, na lógica formal, o raciocínio é estudado a partir do ponto estruturado, a partir de sua validade ou invalidez.
A lógica formal não é um estudo empírico do processo de raciocínio. Também não deve ser confundido com a persuasão, uma vez que é necessária a estrutura dos argumentos para chegar a uma conclusão.
Essa lógica também é conhecida como lógica teórica ou pura, e procura realizar um estudo abstrato dos conteúdos ou formas lógicas dos argumentos, enunciados, proposições e sentenças dedutivas utilizadas assertivamente.
A realização de um estudo exaustivo de padrões lógicos formais permitirá que cada indivíduo saiba exatamente os procedimentos associados ao seu pensamento.
Funcionalidades
A seguir estão as características mais específicas que diferenciam a lógica formal de outros tipos de lógica:
-É uma ciência que estuda a forma da premissa, ao contrário de outros tipos de lógica que estudam apenas o material.
-É uma estrutura sem assunto.
-É estabelecido sob um subconjunto de sistemas formais.
-Aplica métodos tão eficientes que através da lógica formal podem ser distinguidos do errado da direita.
As conclusões do raciocínio correto ou válido surgem porque a estrutura das premissas verdadeiras é analisada.
- Estudar e analisar pessoas para chegar diretamente ao pensamento e, assim, ser capaz de estabelecer novos padrões na mente de cada indivíduo.
-É caracterizado por ser simbólico.
-Do ponto de vista de uma ciência formal, desempenha um papel importante em matemática, filosofia, ciência da computação e estatística.
-Está relacionado à gramática devido ao estudo da semântica.
- Estudar as estruturas, e é por isso que é comparado com a matemática.
-Também se relaciona com a psicologia porque se concentra no estudo do pensamento de cada indivíduo.
Tipos
Lógica deontica
Vem do antigo grego δέον [τος] déon [tosse] e significa "o que é devido" ou "o que é necessário". O lógico austríaco Alois Höffler é o percusor deste conceito, que se refere ao estudo e análise de padrões.
Lógica bivalente
É o tipo de lógica que admite apenas os valores de verdadeiro e falso. Ele não acredita nas nuances, tudo é preto ou branco; Escala de cinza é impossível neste tipo de lógica.
Seus princípios são baseados na lógica aristotélica, que são identidade, não-contradição e terceiro excluído.
Lógica plurivalente ou polivalente
Esse tipo de lógica nasceu dos estudos realizados pelos filósofos Jan Łukasiewicz e Emil Post, nos quais afirmam que outros valores além dos comuns "verdadeiros" e "falsos" podem ser admitidos, e que esses valores podem praticamente alcançar até o infinito.
Nesse sentido, difere da lógica bivalente, que admite apenas dois valores. Estudos mostram que a lógica plurivalente ou polivalente gere valores como possibilidade, necessidade, não necessidade, verdade, falsidade e impossibilidade.
Da mesma forma, esse tipo de lógica formal também é responsável por estudar os aspectos filosóficos e estruturais dos argumentos.
Exemplos
Através da lógica formal, é possível adicionar um valor de verdade ou falsidade a um raciocínio específico.
Como explicamos anteriormente, a lógica formal não se concentra em todas as possibilidades que podem ser extraídas de um argumento; Ele só se concentra em saber se isso é verdadeiro ou falso. Nesse sentido, aqui estão alguns exemplos baseados na lógica formal:
-Buenos Aires é a capital da Argentina; então, todos os nascidos em Buenos Aires são argentinos.
-João fala Português. João nasceu em Portugal. Todos em Portugal falam português.
As vacas dão leite. Vacas são mamíferos. Todos os mamíferos dão leite.
-Pedro é branco e María morena, por isso há pessoas brancas e marrons.
-María toca na orquestra de rock. Os músicos são os que tocam na orquestra de rock. María é uma musicista.
-Jose tem cabelo preto. Elena tem cabelos castanhos. Sua filha poderia nascer com cabelos pretos ou castanhos.
O pé tem cinco dedos. Os humanos têm um pé direito e um pé esquerdo. Cada pessoa tem dez dedos nos pés.
-Espanha é um país. A Espanha está na Europa. Todos os espanhóis são europeus.
- Ana é um ser vivo. Ana é mortal. Todos os seres vivos são mortais.
- José ficou molhado com agua. A água molha.
Mary comeu sua comida quente. Maria se queimou comendo sua comida quente. Comida quente queima.
A terra é parte do universo. No universo existem planetas. A terra é um planeta.
- luz elétrica acende. Há luz elétrica nas ruas. A luz elétrica ilumina as ruas.