O que é biogenética? Características principais

Biogenética ou engenharia genética é a técnica que é responsável por manipular o material genético para alterar a informação hereditária de uma célula e, assim, promover a transferência de DNA de um organismo vivo para outro, tentando corrigir defeitos genéticos.

A engenharia genética tenta resolver e curar doenças de origem genética, como as doenças infecciosas. Através deste método os cientistas têm a tarefa de descobrir a cura do câncer, HIV, diabetes ou Alzheimer, entre outros.

Da mesma forma, a biogenética é responsável pela aplicação de pesquisas científicas na agricultura, nos animais, na ciência e na tecnologia.

Este ramo de estudo serve para obter drogas e substâncias químicas que permitem prolongar a vida do ser humano.

Em 1973, os cientistas Stanley Cohen e Herbert Boyer trocaram o DNA de um organismo, que deu origem à biogenética. Mais tarde, em 1997, foi feita a primeira clonagem de um mamífero: a ovelha Dolly.

Através dessas ações, é possível melhorar a vida humana através de processos como o transplante de órgãos. Por exemplo, nos Estados Unidos existem atualmente cerca de 20.000 transplantes de órgãos por ano.

Se teorias como o xenotransplante (transplante de células entre organismos de diferentes espécies próximas) funcionam, milhares de vidas poderiam ser salvas e pacientes diabéticos poderiam ser curados em todo o mundo.

Biogenética em seres vivos

Biogenética em animais

A alteração do DNA em animais tem muitas conseqüências, como a aceleração do avanço da medicina, o aumento da produção animal, o desenvolvimento de drogas e a cura de doenças humanas.

Os primeiros experimentos com transferência de DNA foram aplicados em peixes. Dada a sua fertilização externa, é possível introduzir o gene da hormona do crescimento mais facilmente.

Como conseqüência disso, uma maior produção de salmão transgênico e truta foi alcançada.

Em 1974, a primeira modificação genética foi conseguida com camundongos transgênicos, obtendo uma variedade de modificações genéticas.

Testes posteriores com chimpanzés foram feitos, mas devido ao perigo de extinção eles pararam de experimentá-los e começaram a usar porcos, já que seu DNA é muito similar ao dos humanos.

Uma das razões pelas quais o porco foi selecionado é por causa de sua rápida reprodução e por causa de sua criação fácil e lucrativa.

O engenheiro genético garante que as células do porco promovam proteínas humanas para evitar a rejeição de transplantes de órgãos em humanos.

Ovelhas também têm sido usadas para manipular a produção de leite, inserindo proteínas terapêuticas para o tratamento da fibrose cística.

Além disso, vermes fluorescentes verdes são levados para diferentes testes científicos para tratar doenças como a doença de Alzheimer.

Mamíferos obtêm proteínas e uma grande quantidade de hormônios, como insulina e hormônio de crescimento, além de reagentes de coagulação.

Biogenética em plantas

Em 1994, os primeiros alimentos transgênicos foram obtidos. Atualmente, existem mais de quarenta espécies geneticamente modificadas.

Deve-se notar que a biogenética em plantas contribuiu para o avanço da medicina no campo dos antibióticos e vacinas resistentes a vírus e bactérias.

Através deste processo científico as plantas frutíferas são alteradas com o gene doce, que também controla o amadurecimento lentamente para preservar seu frescor, cor e textura, melhorando o sabor.

Graças à engenharia genética nas plantas, são produzidos diferentes produtos que são produzidos nas indústrias químicas, nos laboratórios farmacêuticos e no setor agroalimentar.

Muitos alimentos modificados são consumidos diariamente, como arroz, morango, tomate, batata, soja e cereais sintéticos, que é um híbrido entre trigo e centeio.

Biogenética em humanos

Atualmente, cientistas estão trabalhando na manipulação de DNA em seres humanos, podendo alterar embriões, óvulos e espermatozoides para corrigir as causas de múltiplas doenças genéticas.

Existe a possibilidade de que a engenharia genética em humanos promova a iniciativa da criação de bebês projetados, especificando certas características, incluindo intelecto e estatura, com baixo nível de probabilidade de desenvolvimento de doenças.

Cientistas de todo o mundo trabalham em seus laboratórios para alcançar a era transumana.

As atividades de cientistas em áreas como genética, robótica, inteligência artificial, biônica e nanotecnologia representam o objetivo principal de superar as limitações humanas.

Projeto Genoma Humano

O Projeto Genoma Humano começou em 1990 e é considerado a empresa de tecnologia mais ambiciosa da história. Através deste projeto foi possível determinar a seqüência completa dos genes.

Todo ser vivo é definido pelo seu código de DNA, que é uma longa cadeia de pares formada por quatro moléculas diferentes chamadas ATCG.

É como um código de barras digital que define o humano e apenas as combinações desses quatro elementos se diferenciam.

Os 3 bilhões de letras que compõem o código genético mantêm dentro das informações necessárias para criar um fígado, um coração ou qualquer outra parte do corpo humano.

Importância da biogenética

A engenharia genética é classificada como uma manipulação do projeto da criação de Deus, e é por isso que existem diferentes líderes religiosos que veem tais experimentos como não naturais, e são contra esse movimento cultural e científico.

Mais de 4 mil doenças foram descobertas em um único gene, incluindo câncer de cólon e pulmão, obesidade mórbida, doenças no cérebro, entre outras.

Com o tempo, novas questões foram levantadas na medicina e no campo social, através de testes científicos e investigações que buscam satisfazer os problemas de saúde do ser humano.

O avanço da biogenética deu ao homem conhecimento de seus próprios mecanismos vitais, permitindo intervir nos genes e modificá-los para a evolução da espécie humana.

Através dessas ações, a medicina preventiva é garantida e o diagnóstico pré-natal pode ser feito para encontrar genes alterados em fetos humanos.