8 dicas para prevenir a doença de Parkinson

Para prevenir a doença de Parkinson, certas diretrizes podem ser estabelecidas, embora a eficácia não seja total. Carregar um estilo de vida saudável - a saúde, o exercício físico - e a detecção precoce são dois dos elementos mais importantes.

A doença de Parkinson é um distúrbio degenerativo do sistema nervoso central que afeta principalmente o movimento. Essa patologia tem um curso crônico e tem causas desconhecidas, além de um importante componente genético.

Devido a essas características, hoje em dia é difícil estabelecer quais são as diretrizes que devem ser seguidas para evitar o surgimento de Parkinson.

É uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso, danificando os neurônios dopaminérgicos da substantia nigra.

A função mais importante desempenhada por esse tipo de neurônio é o controle dos movimentos.

Assim, o principal sintoma dessa doença está na alteração dos movimentos voluntários das extremidades do corpo, isto é, dos braços e pernas.

Mas cuidado, isso não significa que essa doença esteja limitada às alterações dos movimentos, uma vez que as áreas cerebrais que estão se deteriorando no Parkinson realizam muitas outras funções, de modo que um maior número de sintomas pode ocorrer.

Falhas de memória, disfunções cognitivas e intelectuais, demência, transtornos de humor, depressão, distúrbios do sono e, nos piores casos, alucinações, delírios ou perda do controle dos impulsos, podem ocorrer com frequência em pessoas com Parkinson.

As patologias neurodegenerativas são hoje um mistério para o mundo da ciência e, apesar dos muitos avanços que ocorreram nos últimos anos, suas causas ainda são desconhecidas.

No entanto, existem muitas pesquisas sobre a origem da doença que visam adquirir um maior conhecimento sobre a doença de Parkinson, estabelecer tratamentos para sua cura e definir estratégias para prevenir seu surgimento.

Dicas para prevenir o mal de Parkinson

1- Alimentos Protetores

Pesquisas sobre estratégias e atividades para prevenir a doença de Parkinson são muito numerosas.

Nesse sentido, apesar do fato de que hoje não há tratamentos que possam impedir completamente o aparecimento do distúrbio, eles têm evidências para estabelecer certas diretrizes.

Como mencionamos anteriormente, um dos fatores importantes que foram detectados no desenvolvimento de Parkinson é o processo de estresse oxidativo das células.

O estresse oxidativo é uma atividade normal realizada por todas as células do corpo que permitem o desenvolvimento do organismo.

No entanto, certas alterações ou excessos nesses processos podem causar um aumento na morte celular (neste caso, neurônios, uma vez que Parkinson afeta as células do cérebro) e aumentar as chances de desenvolver a doença de Parkinson.

Portanto, a realização de uma dieta rica em antioxidantes naturais previne as alterações do estresse oxidativo e, portanto, estratégias efetivas podem ser encontradas para reduzir a probabilidade do surgimento de Parkinson.

Os principais alimentos que podem prevenir o distúrbio são:

  • Chá verde: pesquisa conduzida pelo Dr. Baolu Zhao indica que os polifenóis do chá verde protegem os neurônios da dopamina (neurônios afetados no Parkinson), de modo que seu consumo pode prevenir o aparecimento da doença.
  • Alimentos ricos em vitamina E: a vitamina E é a substância com maior poder antioxidante, por isso esses alimentos podem ser benéficos para prevenir doenças. Gorduras de origem vegetal, sementes de girassol, avelãs e amêndoas são os alimentos mais ricos em vitamina E.
  • Alimentos ricos em vitamina C: como a vitamina E, também tem um alto poder antioxidante. Laranjas, limões ou outras frutas cítricas podem proteger o desenvolvimento do cérebro e prevenir o mal de Parkinson.
  • Gingko Biloba: é uma erva que é especialmente benéfica para o cérebro porque ajuda a aumentar a circulação sanguínea. O aumento da circulação aumenta a produção celular e, portanto, previne a degeneração neuronal.

2- Dieta balanceada

Além dos alimentos discutidos acima, prevenir a doença de Parkinson requer cuidados globais do organismo.

Nesse sentido, consumir periodicamente os alimentos que podem ser protetores para o desenvolvimento da patologia geralmente não é suficiente.

Então, se fizermos uma dieta muito rica com os quatro alimentos mencionados (chá verde, alimentos com vitamina E e C e gingko biloba) mas acompanhados de produtos não saudáveis, a dieta não será saudável e provavelmente a comida não permite cuidar das regiões cerebrais .

Muitos casos de Parkinson podem ser causados ​​por outras doenças ou condições.

Nesse sentido, as alterações que afetam o funcionamento cerebral e neurológico são geralmente as mais relevantes.

Patologias vasculares podem causar o que é conhecido como parkinsonismo aterosclerótico ou parkinsonismo arteriosclerótico.

Desta forma, comer uma dieta equilibrada com baixo teor de gordura e sem excesso de açúcares e sais impedirá o corpo de sofrer derrames e predispor as regiões do cérebro à doença de Parkinson.

3- Realizar atividade física com frequência

Realizar atividade física com frequência pode ajudar a prevenir a doença de Parkinson de duas maneiras diferentes.

Por um lado, o exercício melhora a saúde, por isso as chances de contrair doenças ou alterações que podem estar associadas à doença de Parkinson diminuem.

Como vimos, a aparência desta doença pode responder a múltiplas causas e origens diferentes, no entanto, sempre que promovemos a saúde, evitamos o surgimento de doenças, incluindo a doença de Parkinson.

Por outro lado, a atividade física frequente pode ser um componente particularmente importante quando se trata de proteger o principal sintoma desse transtorno, ou seja, a alteração dos movimentos.

O exercício em si requer a realização de movimentos contínuos, para que quanto mais atividade física você fizer, maiores serão os benefícios que teremos nas diferentes regiões do corpo e nas áreas do cérebro que controlam o movimento.

Essas são as áreas do cérebro que são afetadas principalmente no mal de Parkinson, de forma que quanto mais atividade damos a esse grupo de neurônios, menores as chances de que eles comecem a degenerar.

4- estilo de vida saudável

Finalmente, para acabar com a promoção da saúde, é importante levar um estilo de vida saudável.

Esse conceito envolve os dois conceitos anteriores (alimentação e exercício), além de evitar comportamentos prejudiciais à saúde.

O consumo frequente de álcool pode ser um importante fator de risco no desenvolvimento da doença de Parkinson, portanto, para evitar essa doença, é importante evitar o consumo excessivo dessa substância.

Da mesma forma, ter uma vida ativa, tanto física quanto mental, pode ajudar a proteger o organismo do desenvolvimento da doença de Parkinson.

5- Beber café

Tanto o café como o tabaco são duas substâncias que geraram algum debate sobre o desenvolvimento de Parkinson e outras patologias neurodegenerativas.

No caso de Parkinson, o déficit de produção de neurônios dopaminérgicos foi estabelecido como o principal fator endógeno que explica o aparecimento dos sintomas da doença.

O café e o tabaco estimulam a produção dessa substância, a dopamina, razão pela qual eles foram postulados como substâncias neuroprotetoras.

No entanto, tanto o café quanto a cafeína podem causar outras alterações físicas que podem predispor ao surgimento de Parkinson, de modo que seu papel como fator preventivo apresenta algumas dúvidas.

6- Detecção precoce

Um dos aspectos mais relevantes que determinam a evolução da doença é a detecção precoce do mesmo.

Assim, apesar do fato de que a doença de Parkinson é uma patologia crônica e irreversível, detectada no primeiro ou no último dia, uma relação positiva entre detecção precoce e melhor evolução da doença tem sido demonstrada.

7- Tratamento precoce

O ponto anterior é explicado porque, se o tratamento farmacológico começar nos primeiros momentos da doença, a evolução da doença será mais lenta, os sintomas levarão mais tempo para aparecer e, em geral, a pessoa que sofre de Parkinson terá uma melhor qualidade de vida por mais tempo.

Assim, logo que a doença é diagnosticada, apesar de não apresentar sintomas claros, é muito importante iniciar o tratamento para o mal de Parkinson.

8- Estimulação cognitiva

Finalmente, deve-se ter em mente que a doença de Parkinson não se limita aos seus sintomas mais típicos, geralmente leva a falhas cognitivas e muitas vezes pode causar demência.

Realizar atividades de estimulação cognitiva para exercitar a memória, a leitura ou o cálculo é muito importante para prevenir esses sintomas e prevenir o aparecimento de síndromes demenciais.

Causas

Para conhecer os tratamentos e estratégias que permitem curar ou prevenir uma doença, é essencial conhecer as causas e o desenvolvimento da patologia.

Se os fatores etiológicos de uma alteração não são conhecidos, é praticamente impossível determinar o que pode ser feito para fazê-lo desaparecer.

No caso de Parkinson, esses aspectos se enquadram em uma questão principal: o que acontece para que certas regiões do cérebro comecem a degenerar? Ou dito de outra maneira: Quais fatores causam o surgimento do mal de Parkinson?

Esta questão, hoje não tem resposta clara, fato que explica que ainda não existem tratamentos que permitam remitir esta doença.

No entanto, se os fatores que limitam a aparência da doença não forem esclarecidos, isso não significa que nada seja conhecido sobre a etiologia do mal de Parkinson.

De fato, fatores que parecem ter um papel importante no desenvolvimento da patologia foram descobertos e, apesar de não explicar totalmente sua aparência, permitiram estabelecer alguns tratamentos eficazes e sugerir estratégias preventivas.

As principais causas do mal de Parkinson são:

Fatores genéticos

A comunidade científica identificou várias mutações genéticas associadas à doença de Parkinson.

O desenvolvimento do gene da alfa-sinucleína parece ser um dos principais fatores do distúrbio, embora não seja o único que foi detectado.

Dessa forma, o estudo dos genes de Parkinson nos permitiu explicar muitos casos dessa patologia e estabelecer linhas de pesquisa que visam encontrar as proteínas e componentes genéticos que podem desenvolver a doença.

Fatores ambientais

Tem sido conotado como a exposição a certas toxinas pode causar sintomas parkinsonianos excepcionais.

MPTP (uma droga) ou metal magnésio pode causar o aparecimento de sintomas muito semelhantes aos apresentados na doença de Parkinson, para que possam ser elementos importantes no desenvolvimento da doença.

Mitocôndrias

As mitocôndrias são componentes das células responsáveis ​​pela produção de energia.

Nesse sentido, várias linhas de pesquisa sugerem que as mitocôndrias podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento do mal de Parkinson.

As moléculas que danificam as membranas, proteínas e DNA das células são precisamente esses elementos celulares, realizados por um processo conhecido como estresse oxidativo.

Assim, algumas mutações que afetam a função mitocondrial foram identificadas como causas do Mal de Parkinson.

Lesão craniana

Muitos casos de Parkinson entre boxeadores foram conotados. Do que é extraído, os golpes sofridos nas regiões cerebrais também poderiam ser um fator de risco para o desenvolvimento da doença.

Envelhecimento

Finalmente, a degeneração celular é um processo típico do envelhecimento humano, de modo que à medida que crescemos nosso corpo tem menos capacidade de regeneração celular e perdemos certas funções.

Esse fato explica que a idade é apontada como o principal fator de risco do transtorno, uma vez que a prevalência dessa doença aumenta acentuadamente após os 60 anos.

No entanto, um envelhecimento normal e saudável não implica a presença de mal de Parkinson, apesar do fato de o corpo experimentar degeneração celular, de modo que a passagem do tempo não explica a aparência do transtorno.