As 17 leis ou princípios mais importantes da Gestalt

Neste artigo, explicarei as principais leis ou princípios da Gestalt . Para fazer isso, primeiro descreverei brevemente o significado da Psicologia da Gestalt, suas origens e suas abordagens, incluindo as leis da Gestalt.

A Psicologia da Gestalt pode ser enquadrada dentro da estrutura da psicologia humanista. Deu sua luz graças a um movimento de psicólogos surgido em 1910 na Alemanha.

Atualmente é usado em psicoterapia e resolução de problemas, enfatizando as experiências subjetivas de cada pessoa. Trabalha com o ser humano vendo-o capaz de se desenvolver de forma livre e autônoma.

Dentro deste aspecto da psicologia, inclui-se uma abordagem psicológica na qual o modo de se comportar e sentir do ser humano como um todo é visto. Ou seja, não pode ser reduzido apenas ao que é diretamente observável ou mensurável.

De acordo com a Gestalt, todos nós criamos em nossa mente imagens mais ou menos coerentes sobre nós e tudo o que nos rodeia. Essas imagens são uma integração das dimensões sensorial, emocional, intelectual, social e espiritual, permitindo uma experiência global, onde a experiência corporal pode ser traduzida em palavras e a palavra pode ser vivida em termos corporais.

Os objetivos da terapia orientada pela Gestalt são, além de explicar as origens de nossas dificuldades, experimentar possíveis novas soluções, dando lugar à mobilização para a mudança.

Leis da Gestalt

As leis da Gestalt estão incluídas na Psicologia da percepção e foram propostas pelos psicólogos da Gestalt (Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler), um movimento que surgiu na Alemanha em 1910.

Essas leis enunciam princípios gerais e são regidas por, cada ato perceptivo que ocorre no cérebro, este é responsável por fazer a melhor organização possível dos elementos que são percebidos. Köhler já deixou claro com sua frase bem conhecida: "o todo não é o mesmo que a soma das partes", que o cérebro humano não percebe cada elemento separadamente, mas os percebe como um todo, um todo.

1- Lei da Similaridade

Elementos similares são percebidos como pertencentes à mesma forma, cor, tamanho ou brilho e agrupados. Esses grupos formados podem ser separados claramente do resto dos elementos.

No campo psíquico-social, tentamos nos orientar no mundo através de mapas cognitivos por meio dos quais agrupamos ou categorizamos indivíduos, situações, objetos ou fatos pelas similaridades que existem entre eles, ou seja, suas características similares. Considerando isso, graças a essa lei, estamos familiarizados com o mundo desconhecido.

Esta lei explica como, quando lemos, transformamos uma palavra desconhecida em uma conhecida. Em seguida, vou dar um exemplo de um texto com palavras que, sozinhas, não teriam sentido. No entanto, abrangidos em um texto, podemos ver como os lemos de forma eficaz como outros que são conhecidos por nós com características semelhantes.

Não se trata de um estudo de um problema que não se manifeste, mas de que a teoria de que os lettersen esrcitas, uncia csoa impormtate, é que pmirea e utlima lerta esetn ecsritas na cor cneta psiocion. O resultado pode ser bastante errado e até mesmo ser capaz de lê-lo sem problemas. É por isso que não li todas as letras no caso de ouvir a palavra em um trodo.

2- Lei da Totalidade

O todo é mais do que a soma de suas partes.

3- Lei da Estrutura

Uma forma é percebida como um todo, independentemente das partes que a constituem.

4- Lei da Dialética

Toda forma é destacada em um contexto ao qual se opõe. O olhar decide se o elemento "x" pertence à forma ou ao fundo.

5- Lei do destino comum ou movimento comum

Os elementos que se movem na mesma direção tendem a se organizar ou visualizar como um grupo ou um conjunto.

Na esfera psíquica, agrupamos pessoas ou eventos de acordo com suas características comuns, assim como fazemos na Lei da Similaridade. Os movimentos comuns realizados por duas pessoas definiriam, de acordo com esta Lei, características de compatibilidade entre seus personagens.

6- Lei da figura-fundo

Um elemento é melhor percebido quanto mais contraste houver entre ele e o plano de fundo (por exemplo, se a cor de uma forma for branca, será melhor percebida se o plano de fundo for preto).

Ou seja, tendemos a prestar atenção a um ou vários objetos (que seriam a figura) destacando-os do restante dos objetos que os cercam (fundo) e isso aumentaria sua potencialidade quanto mais contraste existe entre eles.

Segundo esta teoria, em uma imagem há duas partes diferentes:

  • Um deles tem uma importância comunicativa maior: a figura. Aquele que envolve essa figura seria o pano de fundo e tem menos transcendência.
  • Ambas as partes não são percebidas ao mesmo tempo, e também pode haver alternância na percepção de ambas as partes. Isto significa que, dependendo do observador, uma pessoa pode ver a figura antes do fundo ou, ao contrário, outra pessoa pode perceber o fundo antes da figura.
  • Na percepção, a distância de onde estamos ao observar a imagem também influencia.
  • Deve haver sempre uma figura e um fundo.

7- Lei do contraste

A posição relativa dos diferentes elementos influencia a atribuição de qualidades destes (como tamanho). No campo psíquico, é usado para fazer comparações entre diferentes contextos e situações.

Ao comparar situações, mesmo que os valores absolutos sejam mantidos, os valores relativos podem variar a percepção de uma situação ao modificar os pontos de referência.

Se, por exemplo, compararmos uma situação que para nós é muito importante em um determinado momento, como perder o ônibus, e pensarmos em outra situação como a de perder um emprego, essa primeira situação que foi muito importante para nós tem um menor importância devido ao diferente ponto de referência que temos a este respeito.

8- Lei da continuidade

A mente geralmente continua com o mesmo padrão, mesmo depois de ter desaparecido. Os elementos que possuem o mesmo endereço são percebidos com uma continuidade, seguidos sem um espaço entre eles, mantendo a mesma direção do objeto.

9- Princípio da Gravidez (Prägnanz) ou boa forma

É também chamado o princípio da simplicidade. O cérebro tenta organizar os elementos percebidos da melhor maneira possível, preferindo formas completas, integradas e estáveis. Isso nos permite reduzir possíveis ambigüidades ou distorções sempre procurando a forma mais simples.

Essa lei também inclui outras leis gestálticas, já que o cérebro também prefere formas fechadas, simétricas e contínuas (onde enquadraríamos as leis do fechamento e a da continuidade). Além disso, também inclui nas preferências as formas que têm um bom contraste (em que a lei da figura-fundo é enquadrada)

10- Princípio da Invariância Topológica

É o ramo da matemática dedicado ao estudo das propriedades dos corpos geométricos que permanecem inalterados pelas transformações contínuas. Uma boa forma resiste à deformação que é aplicada a ela.

11- Princípio de Mascaramento

Uma boa forma resiste aos distúrbios a que está sujeita.

12- princípio de Birkhoff

Uma forma ficará muito mais grávida, quanto maior o número de eixos que ela tem.

13- Princípio da Proximidade

Elementos similares são percebidos como pertencentes à mesma forma ou grupo, isto é, como um todo. Nosso cérebro agrupa coisas com propriedades em comum, como cor, forma, movimento, etc.

No campo social, supomos que, por exemplo, duas pessoas que moram juntas são emocionalmente muito próximas, próximas. Existem diferentes tipos de proximidade entre as pessoas. Existe proximidade física, emocional e intelectual, etc.

Quando qualquer uma dessas proximidades ocorre, tendemos a assumir que uma ou mais delas também ocorre. Por exemplo, proximidade afetivo-intelectual.

No desenho, você pode ver como os elementos mais próximos são percebidos como um formulário.

14- Princípio da Memória

Os formulários são muito melhores percebidos quanto maior o número de vezes apresentados.

15- Início da hierarquia

Uma forma complexa ficará muito mais grávida assim que a percepção for melhor orientada, do principal para o acessório (hierarquizada).

16- Lei de fechamento ou fechamento

Se uma linha forma uma figura fechada, ou quase fechada, tendemos a perceber uma figura superficial cercada por uma linha, em vez de simplesmente ser uma linha. Ou seja, tendemos a adicionar os elementos que faltam para preencher as lacunas que nos fazem perceber a figura como incompleta.

As formas abertas ou inacabadas nos causam desconforto e por isso tendemos a fechar e completar com a imaginação as formas percebidas para obter a melhor organização possível.

A razão de tudo isso é que nossa percepção dos objetos é muito mais completa do que a estimulação sensorial que recebemos do exterior.

No nível psíquico, essa lei pode ser observada quando alguém não termina uma sentença deixando-a incompleta. Por exemplo, na frase "se eu tivesse ...", esperamos por mais informações, mas como não as temos, geralmente tentamos concluir a sentença. Isso nos leva a concluir com um complemento imaginário sem informações realmente válidas.

18- Lei da Inclusividade

De acordo com essa lei, uma figura é camuflada, pois tende a homogeneizar a figura e o fundo. Isso causa alguma confusão no observador, já que você não consegue perceber com precisão a diferença entre figura e fundo.