Frenologia: História e Frenólogos Destacados

A frenologia é uma pseudociência que se baseia no estudo da personalidade e características psicológicas de uma pessoa medindo seu crânio. O termo vem de duas palavras do grego antigo, phren (que significa "mente") e logos (cuja tradução é "conhecimento").

A idéia por trás da frenologia é que o cérebro é o órgão em que a mente está localizada e que algumas áreas do cérebro têm funções específicas relacionadas aos processos mentais. Embora essas ideias sejam baseadas na realidade, os frenologistas tiraram conclusões disso sem ter nenhuma base científica para fazê-lo.

A frenologia desenvolveu-se em 1796 pelo médico Franz Joseph Gall, mas o estudo da mente por medições do crânio só se tornou popular depois. Durante o século XIX, a frenologia tornou-se uma disciplina muito importante no estudo da neuroanatomia.

História

A frenologia foi um precursor do moderno estudo científico da mente, desenvolvido principalmente pelo médico vienense Franz Joseph Gall. Suas principais idéias, e nas quais ele baseou a frenologia, foram as seguintes:

O cérebro é o órgão em que a mente está localizada.

A mente é composta de um grande número de faculdades inatas diferenciadas.

- Como essas faculdades inatas são diferenciadas, cada uma delas está localizada em um órgão cerebral diferente.

- A magnitude de cada órgão indica seu poder e, portanto, as capacidades mentais da pessoa.

- A forma do cérebro é dada pelo desenvolvimento dos diferentes órgãos.

- Como a forma do crânio acomoda o cérebro, medindo o crânio de uma pessoa, podemos descobrir muitas informações sobre suas características mentais.

Portanto, o procedimento principal seguido pelos frenologistas foi a medida do crânio das pessoas para poder examinar o tamanho de seus diferentes órgãos cerebrais. Por exemplo, acreditava-se que uma frente muito ampla aparecesse em pessoas muito benevolentes.

Fases da história da frenologia

A história da frenologia pode ser dividida principalmente em três fases. A primeira, que se estendeu de meados da década de 1790 a 1810, foi influenciada pelos dois pioneiros dessa pseudociência: Gall e seu discípulo JG Spurzheim.

A partir de 1815, um artigo publicado na revista Edinburgh aumentou a consciência da frenologia do público e da comunidade científica, o que fez com que essa disciplina começasse a ganhar popularidade no mundo de língua inglesa.

Expansão da frenologia ao redor do mundo

Após este momento, a frenologia se tornou uma disciplina de estudo com muitos adeptos, que tentaram se tornar os primeiros estudiosos do que consideravam uma das ciências mais importantes da história. Sua visão era desenvolver uma disciplina que permitisse entender e explicar a natureza humana.

Em 1820, a primeira Sociedade Frenológica foi fundada em Edimburgo e, nas décadas seguintes, muitas outras surgiram no Reino Unido e na América. Durante este tempo também começou a publicar um grande número de revistas em frenologia, seguindo o modelo de revistas científicas.

A frenologia logo ganhou grande popularidade nessas duas regiões, sendo adotada por grupos tão diferentes quanto cientistas reformistas e fanáticos religiosos.

De lá, ele se espalhou para a França na década de 1830 e chegou à Alemanha na década de 1840, onde se tornou ainda mais popular do que nos Estados Unidos.

Últimas décadas de frenologia

A frenologia perdeu quase toda a sua importância no Reino Unido durante a década de 1850, mas continuou a ter alguma importância graças a um frenologista chamado Fowler.

Suas idéias foram as que colocaram o foco na medição craniana das pessoas, de maneira muito mais intensa do que nas décadas anteriores.

Por outro lado, nas últimas décadas do século XIX, a frenologia foi utilizada como justificativa para o racismo, argumentando que as diferenças na anatomia craniana das diferentes raças também justificavam as injustiças sociais sofridas por algumas delas.

Frenologistas em destaque

Alguns dos frenologistas mais destacados na história desta disciplina foram os seguintes:

Franz Joseph Gal

Ele foi o criador da disciplina e responsável pelo desenvolvimento de suas premissas básicas. Ele conseguiu a frenologia introduzida no Reino Unido, onde alcançou grande popularidade.

JG Spurzheim

Ele era um discípulo de Gall e modificou algumas das bases dessa disciplina; Além disso, ele conseguiu expandir ainda mais o conhecimento sobre isso.

George Combe

Este advogado escocês dotou a frenologia de grande popularidade em toda a Europa, principalmente por meio de suas idéias sobre as contribuições que ele poderia dar às pessoas de classe média.

Lorenzo Niles Fowler

Juntamente com seu irmão Orson Squire Fowler, ele desenvolveu técnicas de medição craniana e sua relação com as características mentais e psicológicas das pessoas.

Suas idéias serviram para impulsionar o sucesso da frenologia durante as últimas décadas, nas quais essa disciplina ainda era popular.

Por que é considerado pseudociência?

Atualmente, a frenologia não é considerada uma disciplina de estudo séria dentro da comunidade científica. A principal razão para isso é que durante o seu desenvolvimento e a criação das teorias em que se baseia, o método científico não foi utilizado para comparar os dados obtidos.

Para que uma disciplina seja considerada científica, os dados coletados durante seus estudos devem ser contrastados pelo método experimental.

Ou seja, uma relação de causa e efeito entre diferentes fenômenos deve ser estabelecida, além de poder falsear os dados coletados no estudo da disciplina.

No entanto, a frenologia foi baseada apenas em observações e evidências anedóticas. Embora às vezes seja possível aprender muito apenas com esse tipo de informação, não é suficiente gerar conhecimento que possa ser considerado científico.

Quando a frenologia foi submetida a testes experimentais, constatou-se que a maioria de suas alegações não poderia ser apoiada pela ciência. Portanto, atualmente a frenologia perdeu totalmente sua importância e foi substituída por disciplinas como a neurociência.