Quem concedeu o voto às mulheres no México?

A votação para as mulheres no México foi oficialmente e definitivamente concedida em 17 de outubro de 1953. Naquele dia, o presidente Adolfo Ruiz Cortines emitiu o decreto correspondente para reformar a Constituição e aprovar o voto feminino nas eleições federais.

Mas não foi até 1955, quando as mulheres foram capazes de perceber que o direito ao voto nacional e até 1958 para participar na eleição de um presidente.

Já em 1952, Adolfo Ruiz Cortines, como candidato do Partido da Ação Nacional, havia prometido o sufrágio feminino.

Para fazer isso, em 1953, o artigo 34 da Constituição teve que ser mudado e plena cidadania e direitos políticos concedidos às mulheres.

Anteriormente, as mulheres haviam participado das eleições municipais desde 1947, quando, em 6 de dezembro de 1946, os deputados federais aprovaram a reforma do artigo 115 da Constituição Política Federal.

No entanto, eles ainda não podiam fazer isso na política nacional, já que naqueles anos eles consideravam as mulheres "despreparadas".

Assim, o então presidente do México, Miguel Alemán, em sessão ordinária da Câmara dos Senadores, propôs que somente o artigo 115 fosse reformado.

Tentativas anteriores para aprovar o voto feminino no México

Embora no México a votação universal tenha se atrasado, com a incorporação das mulheres, a contribuição das mulheres na política esteve sempre presente.

Já havia havido uma tentativa anterior de conceder o voto das mulheres em 1937, quando o ex-presidente Lázaro Cárdenas insistiu pessoalmente em reformar o artigo 34 da Constituição. No entanto, isso não foi suficiente e tudo foi deixado em saco quebrado.

Anteriormente, com o Primeiro Congresso Feminista, realizado em 1923, o Estado de Yucatán reconheceu os votos das mulheres municipais e estaduais, com três eleitos para o congresso estadual: Elvia Carrillo Puerto, Raquel Dzib e Beatriz Peniche de Ponce.

Um ano depois, os deputados tiveram que deixar suas posições, quando o governador Felipe Carrillo Puerto foi assassinado.

Também em San Luis Potosí, as mulheres receberam o direito de votar e ser eleitas nas eleições municipais de 1923, mas esse direito foi perdido em 1926.

Tabasco e Chiapas tiveram, por sua vez, uma tentativa efêmera em 1925. Isso serviu para que em 1929, o recém-fundado Partido Nacional Revolucionário (PNR) admitisse a possibilidade de votar.

Na Declaração de Princípios, o PNR comprometeu-se a ajudar e estimular "gradualmente o acesso das mulheres mexicanas às atividades de vida cívica ...".

Hermila Galindo: a pioneira

Durante a era revolucionária, Hermila Galindo foi a maior ativista em favor do voto feminino, que vinha promovendo a ideia de educação e o voto das mulheres já há algum tempo.

Graças a ser uma figura política reconhecida, ela foi autorizada a concorrer como deputada em 1918.

Embora as mulheres do distrito não pudessem votar, ela obteve a maioria dos votos. Apesar disso, o Colégio Eleitoral não reconheceria a vitória do feminismo.

Galindo sabia que essa injustiça poderia acontecer, mas sustentava que o artigo 34 da Constituição de 1917 havia sido escrito em uma generalização masculina, que não proibia expressamente o voto das mulheres.

Desta forma, Hermila Galindo estabeleceu o precedente para demonstrar a condição de injustiça na participação das mulheres.