Recursos lingüísticos: tipos, características e exemplos

Recursos linguísticos são elementos que o escritor usa para produzir textos que são de interesse para o leitor. Em geral, esses recursos são geralmente associados à literatura.

Este é um equívoco, uma vez que eles podem ser encontrados em declarações orais e escritas.

Bons textos não dependem apenas da presença de enunciados confiáveis, mas também requerem o uso de transições, a organização da informação, a existência de associações entre idéias e o uso de figuras que dão variedade ao texto.

Recursos linguísticos podem ser classificados em três categorias. Em primeiro lugar, há aqueles que são usados ​​para organizar o texto. Para esta categoria pertencem elementos que criam transições, como conectores.

Há também aqueles que são usados ​​para enfatizar o texto, como reiteração e asyndeton.

Finalmente, há aqueles cuja finalidade é dar variedade à linguagem, de modo que o texto seja atraente para o leitor.

Neste último grupo estão as figuras retóricas como metáfora, metonímia, aliteração, hipérbole, hipérbole, entre outras.

Os 3 principais tipos de recursos linguísticos

Os recursos linguísticos podem ser classificados em três grandes grupos: elementos coesivos, elementos enfáticos e elementos retóricos.

1- Elementos Coesivos

Os elementos coesos são caracterizados porque fornecem organização ao texto. Eles estabelecem relações entre idéias, de modo que o texto é percebido como uma unidade e não como um conjunto de estruturas isoladas.

- Conectores

Entre os elementos coesos estão os conectores, que são palavras que estabelecem pontes entre as sentenças e os parágrafos que formam um texto.

Os conectores podem indicar hierarquia, oposição, relações temporais, entre outros.

Exemplos

- Hierarquia: "Primeiro", "primeiro", "segundo", "primeiro", "segundo".

- Oposição: "Em vez disso", "no entanto", "se", "agora".

- Para resumir: «Em resumo», «juntos», «em suma».

- De tempo: «Ao mesmo tempo», «então», «subsequentemente», «antes».

- referência

O

A referência anafórica ocorre quando pronomes ou outros substantivos que se referem a um elemento que foi mencionado acima são usados.

Exemplo de referência anafórica

"A música das sereias perfurou tudo, a paixão dos seduzidos teria feito as prisões saltarem mais fortes que os mastros e correntes. Ulisses não pensava nisso ». O silêncio das sirenes, de Franz Kafka.

No exemplo mostrado, a palavra "que" se refere à canção das sirenes mencionadas acima.

Por outro lado, a referência cataforica ocorre quando a referência precede o elemento para o qual é feita referência.

Exemplo de referência cataforica

"Lá estavam todos reunidos: meus irmãos, meus pais e meus tios."

No exemplo, a palavra "todos" refere-se a "meus irmãos, meus pais e meus tios", que receberam o nome.

2- Elementos enfáticos

Os elementos enfáticos são aqueles que são usados ​​para destacar uma parte do discurso. Há vários recursos que permitem criar ênfase, entre os quais destacam-se os advérbios, o asyndeton e o polysyndeton.

- advérbios e frases adverbiais

Por si só, os advérbios não criam ênfase. É a posição destes que dá à fala um significado especial.

Geralmente, é necessário interromper a ordem natural da frase para criar esse efeito.

Exemplos:

- Provavelmente a menina não chegou até as três da tarde.

- A menina provavelmente não chegou até as três da tarde.

Na primeira sentença, não há ênfase de nenhum tipo, enquanto na segunda, busca ressaltar a sensação de incerteza na sentença.

- Eu não sabia nada sobre isso.

- Eu, claro, não sabia nada sobre isso.

A segunda frase enfatiza o fato de que a pessoa não estava ciente da situação.

- Asyndeton

O asyndeton consiste na supressão da conjunção copulativa "e". Em alguns casos, a ausência desse elemento gera um senso de sinonímia que destaca o valor da frase.

Exemplo

- Ele foi um vencedor e um herói.

- Ele foi um vencedor, um herói.

Na segunda frase, a elisão do "e" enfatiza a condição do herói.

- Polisindeton

O polysyndeton é o fenômeno oposto ao asyndeton. Consiste na repetição de uma conjunção de coordenação.

O polysyndeton tem o efeito de chamar a atenção do leitor, além de dar uma sensação de persistência no texto.

Exemplo

"Klaus começou a soluçar, não tanto de dor quanto de raiva pela terrível situação em que estavam. Violet e Sunny choraram com ele, e continuaram chorando enquanto lavavam a louça, e quando apagavam as velas na sala de jantar, e quando trocavam de roupa e iam dormir ”. Um mau começo, por Lemony Snicket.

3- Elementos retóricos

Existem várias figuras retóricas que são usadas para dar variedade ao texto. Entre estes destacam-se a metáfora, o símile e a antítese.

- metáfora

A metáfora é o elemento retórico mais comum. Compara dois elementos diferentes, entre os quais há uma relação de similaridade que pode ser subjetiva, dependendo do ponto de vista do falante do discurso.

Isso não é encontrado apenas em textos literários, mas pode ser visto em qualquer nível de discurso. Na verdade, as metáforas são usadas diariamente sem perceber.

Exemplo

Por exemplo, chamar "pernas" as estruturas inferiores de uma cadeira é uma metáfora que é estabelecida em relação às pernas dos animais.

- Metonímia

A metonímia é atribuir a um elemento o nome de outro. Entre esses dois elementos há uma relação de contiguidade.

Exemplo

"Me passa o sal". Nesse caso, o que a pessoa está perguntando é o saleiro.

- Simile

O símile é uma comparação entre dois elementos que se assemelham em certos aspectos. Consiste em um nexo lingüístico que normalmente é a palavra "like".

Exemplo

«(...) do espaço sombrio que se abria acima de suas cabeças, veio a sensação desagradável de uma espécie de onda rítmica ou onda, algo como o barulho das ondas numa praia de águas revoltas». O horror em Dunwich, por HP Lovecraft.

- Antítese

A antítese estabelece uma relação entre duas idéias contrastantes.

Exemplo

«Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade». Neil Armstrong

Referências