Tradição Oral: Características, Tipos

A tradição oral é o fato comunicativo sociocultural baseado na linguagem falada, por meio da qual o conhecimento histórico, científico e cultural é transmitido a uma comunidade, a fim de preservar esse conhecimento de geração em geração.

É uma das mais antigas e distintas atividades de comunicação humana ao longo do avião, entre centenas de culturas. É considerado pela Unesco patrimônio imaterial da humanidade, um recurso necessário para a sobrevivência das culturas.

Seu conteúdo é significativo e de identidade, pois promove entre os membros da comunidade a apropriação das idéias, fatos e valores que forjaram a cultura do lugar em que vivem.

Sua aplicação sugere uma série de regras para cumprir, em que o respeito pelas regras do bom orador e ouvinte ocupam um lugar significativo. A oralidade passa a ser um dos elementos mais relevantes, uma vez que é o meio primordial de comunicação.

Isso requer que os falantes que assumem o papel de comunicadores manipulem a entonação apropriada, os ritmos e as pausas concisas que mantêm os ouvintes atentos e empáticos.

O jogo necessário com a intensidade da voz, os silêncios propícios e o uso adequado dos elementos não-verbais transformam este antigo recurso de transmissão de conhecimento em uma arte.

É um ato que requer grande comprometimento e seriedade, o que implica um respeito e um estudo sério dos conteúdos onde a objetividade na fala deve prevalecer para evitar a deturpação da mensagem e, portanto, a perda ou truncamento da informação por parte da mensagem. escutar

Funcionalidades

Identidade cultural

Essa particularidade refere-se às características narrativas que diferenciam a tradição oral de uma comunidade da de outra.

Esses elementos costumam ser bem marcados e definidos, alcançando claras diferenças entre os grupos, tanto do ponto de vista da estruturação das histórias quanto das entonações e ritmos utilizados para expressá-las.

Em relação a este ponto, também levar em conta aspectos como: os rituais pré e pós-narrativos, a durabilidade dos discursos no tempo, a extensão das diferentes narrações, a riqueza linguística destes, entre outras qualidades.

Memória coletiva

Refere-se à história de cada comunidade. Ele se concentra mais no fundo do que na forma, isto é, na riqueza cognitiva e de valor que cada narração possui.

Cada grupo étnico, cada grupo humano tem um passado que o define. Que passado, essas experiências, são esses que são transmitidos entre os residentes que reforçam o banco evocativo e recordação que dá razão para ser as linhagens.

Final pedagógico

Tem sido habitual nas diferentes comunidades humanas, o uso da tradição oral, não só para manter viva a memória das pessoas, mas também para educar os seus filhos, jovens e adultos nos caminhos certos.

Deve ficar claro que esses caminhos, ditos caminhos de retidão, estão adaptados aos costumes do povo da cidade em que tinham que viver.

É comum sentir a moral clara em cada história, em cada história, em cada enigma. Todo ato comunicativo deste tipo tem um propósito didático, o que torna esse tipo de diálogo um evento pragmático e produtivo.

Pode observar-se que, recorrendo a pluripensamiento e diversidade, o que é bom para uma cultura muitas vezes não é para o outro. Cada comunidade forjou seus juízos de valor em torno de suas experiências.

Faz uso de vários gêneros literários

Em toda comunidade, a multiplicidade de gêneros literários na tradição oral é evidente. Poesia, provérbios, histórias, lendas, histórias, mitos são apreciados; todos e cada um muito explícito e diferenciado.

Naturalmente, cada grupo étnico tem diferentes tipos de gestão, alguns mais profundos, outros mais supérfluos, mas cada um com uma riqueza inegável.

O nível de profundidade da tradição oral é determinado pelo avanço cultural das pessoas. Quanto mais tranquilidade, maior a oralidade. Quanto mais adversidades, maior a necessidade de sobreviver e, portanto, menor a necessidade de transmitir conhecimento.

A forma tende a mudar ao longo do tempo, mas não ao fundo

É comum que, nos gêneros mais amplos, como a história, o que está fixado na memória do ouvinte seja o ensino. Por causa disso, quando a história é redistribuída em outro subgrupo, ela pode variar na forma como ela é representada (sujeitos, situações), mas não em sua mensagem.

A forma, então, não desempenha um papel tão decisivo, mas o background o faz. Especialistas no assunto, como Vansina, afirmam que muitos ditos são o produto da síntese de histórias e muitas histórias são o resultado da expansão dos provérbios. E assim, com os enigmas, mitos e lendas.

Eles permitem a perpetuidade das alfândegas sem recorrer a cartas

Embora pareça retrógrada no século 21, há comunidades que ainda não adotaram as letras e persistem em propagar suas idéias, leis e outros conhecimentos e costumes oralmente.

Isso tem um alto grau de romantismo no bom sentido da palavra. Graças a isso, o homem, de tanto repassar a lei para não esquecê-la e transmiti-la ao seu povo de maneira confiável, torna-se lei.

Os cidadãos de qualquer comunidade, que estão em constante relação com a sua história remota oralmente, vivem e sentem mais a sua cultura. Eles não são apenas ouvintes, mas também realizadores. É a vida cotidiana, a continuidade, que torna as culturas dos povos perpétuas e fortes.

Tipos

De acordo com as características morfológicas de seus conteúdos, eles foram classificados em dois tipos:

Tradições fixas

São aqueles cujo conteúdo ou estrutura permanece inalterado ao longo do tempo. Normalmente acontece pela brevidade de suas premissas ou pela particularidade rítmica e consonância que elas possuem.

Entre estes podem ser nomeados: enigmas, ditos, provérbios, décimos ou estrofes e canções.

Tradições livres

São aqueles cujo conteúdo, pela amplitude de suas estruturas, varia com o tempo. Suas partes são: introdução, nó e resultado.

Entre estes podem ser nomeados: os épicos, lendas, mitos, histórias e histórias.