Suicídio: causas, características e prevenção

Suicídio e suicídio são fenômenos universais e multicausais que têm estado presentes ao longo da história, embora atualmente estejam aumentando, devido ao surgimento de problemas específicos da sociedade.

Existem diferentes terminologias relacionadas ao suicídio e é importante diferenciar entre comportamento, pensamento e tentativa de suicídio. Quais características as pessoas suicidas têm? O que se entende por comportamento suicida?

Definição

Suicídio

Suicídio foi definido como a preocupação ou ação que visa causar a morte voluntariamente. Nela há múltiplos fatores envolvidos, como condição socioeconômica, variáveis ​​de personalidade, adoecimento mental, ambiente familiar, relações sexuais, nível de escolaridade alcançado ...

Pensamentos suicidas

Pensamentos suicidas são pensamentos de cometer suicídio ou o desejo de tirar uma vida, cognições que vão desde pensamentos fugazes sobre não querer viver, até fantasias auto-descritivas.

Tentativa suicida

Uma tentativa suicida é uma ação orientada para provocar a própria morte, e isso não culmina nesse objetivo, compreendendo comportamentos variados que vão desde gestos e tentativas manipuladoras a tentativas fracassadas de acabar com a própria vida.

Os instintos da vida e da morte

Como Freud disse em seu dia, no ser humano, dois instintos básicos atuam e, em geral, em todas as formas de vida; o eros e os thathanatos; o instinto da vida e o instinto de morte.

  • O instinto da vida é a tendência a preservar a vida, a união e a integridade, para manter tudo animado em conjunto.
  • O instinto para a morte são os instintos de morte que tendem à autodestruição, a fim de fazer o organismo retornar a um estado inanimado, à desintegração ou à morte.

Ambos os instintos começam a operar ou estão presentes desde que cada indivíduo nasce. Entre eles, há uma luta permanente que cria tensão, tanto no indivíduo em particular, quanto possivelmente na sociedade humana.

Causas na adolescência

A juventude é um estágio turbulento, de mudanças contínuas em nível físico, psicológico e social, e de preparação para a vida adulta. Isso significa que o adolescente deve assumir responsabilidades maiores, estabelecer metas e objetivos e deixar para trás outras etapas da vida em que se refugiou sob as asas de seus pais.

Ao longo deste estágio o sujeito vivenciará uma série de experiências, como o divórcio dos pais, mudança para uma nova cidade, mudança de amizades, dificuldades na escola ou outras perdas ...

Você o colocará em condições de vulnerabilidade devido à experiência de intenso estresse, confusão, medo e incerteza, e ele sentirá que não é capaz de lidar com o que acontece com ele.

Portanto, pode recorrer a estratégias mal-adaptativas, como o uso de substâncias psicoativas, o manejo de relacionamentos inadequados, a violência, o bullying, o abuso e o suicídio, entre outros.

Fatores de risco

A detecção precoce de fatores de risco pode ajudar a prevenir o suicídio, por isso é bom levar em conta os fatores envolvidos.

Cultura e sociodemografia

Baixo nível socioeconômico, baixa escolaridade e desemprego na família representam um risco, pois limitam a participação social.

Fatores familiares

O papel inadequado da família, por exemplo, quando há relacionamentos disfuncionais entre seus membros, a ausência de calor familiar, a falta de comunicação intrafamiliar e a formação de triângulos conflitantes (mãe e filho contra pai, pais contra filhos ...) podem se tornar em algo prejudicial, gerando um clima de desconforto que pode levar ao uso de comportamentos desadaptativos.

Um ambiente hostil e incompreensivo, abuso de substâncias pelos pais, história familiar de suicídio, violência familiar, divórcio, desemprego familiar e doenças terminais e infecciosas também influenciam.

Características de pessoas suicidas

Presença de transtornos mentais

Os suicidas podem ter transtornos depressivos, ansiosos, psicóticos, alimentares, de personalidade ou de abuso de substâncias.

Impulsividade

Além disso, tendem a ser impulsivas, emocionalmente instáveis, irritáveis, com comportamento antissocial, baixa tolerância à frustração e mau relacionamento com os pais.

Fatores Biológicos

Referindo-se aos fatores biológicos, pesquisas descobriram que há baixos níveis de serotonina, bem como uma diminuição da atividade no córtex pré-frontal ventral, responsável pela inibição do comportamento.

Fatores de proteção

Em relação aos fatores de proteção, destacam-se boas relações familiares e suporte social.

Em relação aos fatores pessoais, as habilidades sociais são protetivas, têm boa autoestima, têm a capacidade de buscar ajuda quando há dificuldades, são receptivas às experiências e soluções de outros e evitam o uso de substâncias que causam dependência.

Dentro da cultura e sociodemografia, encontramos redes afetivas e integração social, boas relações com seus pares, com seus professores e outros adultos, apoio de pessoas relevantes e ter um senso de vida.

No que diz respeito aos fatores ambientais, uma boa dieta, descanso, luz solar, exercício físico e ambiente sem drogas ou tabaco.

Prevenção do suicídio

Uma vez analisadas todas as variáveis ​​que estão ligadas ao suicídio, os fatores de proteção e risco, e vendo que é um problema de saúde pública, trágico, e que está aumentando aos trancos e barrancos, seria bom considerar o trabalho de prevenção.

A intervenção precoce de transtornos mentais e abuso de substâncias ilegais e legais é uma das formas mais eficazes de prevenir o suicídio e o comportamento suicida. Assim como o controle dos efeitos do estresse e comportamentos agressivos.

Vimos que a delimitação de populações com características específicas, o uso de estratégias psicoeducacionais em relação a fatores de risco e proteção, o uso de estratégias combinadas e a intervenção em diferentes níveis de prevenção são as ações que melhor se relacionam com o sucesso. em programas de prevenção.

O Centro Nacional de Prevenção e Controle de Lesões está trabalhando para aumentar a conscientização sobre o suicídio como um grave problema de saúde pública, no qual vale a pena investir renda.

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