Desmatamento na Colômbia: agentes, causas, conseqüências e soluções

O desmatamento na Colômbia é um problema que gerou um grande impacto no meio ambiente e na biodiversidade de maneira recorrente. Nos últimos anos, o país perdeu 1, 3 milhão de hectares de florestas, ocupando o décimo lugar no nível global de desmatamento.

Estudos recentes determinaram que aproximadamente metade dos ecossistemas florestais do país estão em perigo ou estado crítico de desmatamento. 665 espécies de plantas ameaçadas de extinção e, em termos de espécies animais, 41 estão criticamente ameaçadas, 112 ameaçadas e 131 vulneráveis.

O desmatamento na Colômbia é causado pelo aumento das fronteiras agrícolas, especificamente pecuária extensiva e cultivos ilegais, bem como o crescimento populacional ou migração interna, extração ilegal de madeira, incêndios florestais e atividades de mineração e infraestrutura.

A perda de ecossistemas florestais e florestas afeta o fornecimento e a disponibilidade de água para consumo humano e indústria. No cenário atual de crescente demanda por recursos hídricos, o desmatamento constitui uma séria ameaça de escassez nos principais centros populacionais.

Os relatórios institucionais indicam que o maior problema de desmatamento ocorre na Amazônia (65, 5%), seguido pela Cordilheira dos Andes (17, 0%), a região do Caribe (7, 10%), a costa do Pacífico (6, 10%) e a Orinoquia (4, 50%).

O desmatamento promove impactos negativos, como o aumento dos riscos naturais - inundações ou deslizamentos de terra -, erosão e sedimentação das contas de água.

Agentes de desmatamento

Os agentes identificados como causadores de desmatamento são numerosos neste país. Estas favorecem a expansão das fronteiras agrícolas - lícito e ilícito -, colonização, mineração ilegal, extração de madeira e incêndios florestais.

Nesse sentido, a verificação e análise de agentes de transformação florestal são parte fundamental da modelagem e planejamento de programas de reflorestamento. Na Colômbia, vários agentes de transformação foram identificados: agricultores e pecuaristas, empresas de mineração e grupos armados.

Agricultores

São camponeses, colonos e pequenos agricultores, produtores de médio e grande porte estabelecidos em áreas rurais.

Pecuária

Inclui pecuária extensiva para fins produtivos até produções locais que tentam garantir a posse da terra.

Empresas de mineração

Agentes envolvidos na mineração de maneira legal e ilegal. Estes são de grande impacto tanto na área de exploração como na construção de estradas de acesso.

Grupos armados

A presença de grupos armados intervém nos processos de transformação dos ecossistemas florestais. Sua presença encoraja o estabelecimento de cultivos ilícitos, o desmatamento descontrolado e o abandono da terra devido à migração interna.

Causas do desmatamento

O processo de desmatamento está diretamente relacionado à transformação da cobertura da terra, sendo o resultado de ações diretas ou subjacentes sobre os ecossistemas florestais.

A expansão das fronteiras agrícolas, a derrubada indiscriminada, os incêndios florestais e a concessão de florestas em pastagens contribuem para o desmatamento; como os novos assentamentos, a construção de estradas, a mineração ilegal, a obtenção de lenha ou carvão e cultivos ilícitos.

Causas diretas

Eles estão relacionados a atividades humanas que afetam o meio ambiente:

  • Expansão das fronteiras agrícolas e exploração pecuária.
  • Mineração - ilegal e ilegal - e construção de estradas de acesso.
  • A extração ilegal de madeira.
  • Aumento do tráfico de drogas e cultivos ilícitos.

Causas subjacentes

Eles são referidos aos fatores sociais que influenciam as causas diretas do desmatamento:

  • Assentamentos camponeses ou migrações internas.
  • Mercado de trabalho - disponibilidade de mão de obra no campo.
  • Deterioração das rotas de comunicação rural.
  • Aplicação de tecnologias agropecuárias.
  • Políticas agrárias de posse e distribuição da terra.
  • Falta de políticas fiscais nas áreas rurais.
  • Crescimento de conflitos armados, presença de guerrilheiros e grupos paramilitares.
  • Políticas sobre o meio ambiente e a proteção dos ecossistemas florestais.
  • Variação dos índices de produção agrícola nos mercados internacionais.

Consequências

Na Colômbia, uma média de 20 hectares de florestas primárias é atualmente perdida a cada hora. Principalmente nos departamentos de Antioquia, Caquetá, Chocó, Guaviare, Meta e Norte de Santander.

Essas taxas de redução dos recursos florestais representam a maior taxa nos últimos anos.

A perda de áreas florestais e florestas influencia os benefícios proporcionados por esses espaços naturais. As florestas são a fonte regular de água e contribuem para manter as condições climáticas de cada região.

As florestas atuam como meios de armazenamento de recursos hídricos. Sua preservação contribui para a proteção contra deslizamentos e inundações em áreas onde as condições edafoclimáticas são suscetíveis.

A deterioração das florestas tem uma influência decisiva na perda de biodiversidade e na deterioração dos ecossistemas, criando um problema para as pessoas locais que se beneficiam dos serviços naturais que são a fonte de bem-estar e economia local.

Nos últimos anos, as florestas de terras baixas foram substancialmente desmatadas, com uma redução líquida de 15%, resultando em distúrbios climáticos, socioeconômicos e políticos que afetam a qualidade de vida de seus habitantes.

Soluções

A busca dos mecanismos necessários para lidar com o problema do desmatamento constitui um desafio para as instituições governamentais e para a sociedade colombiana. O manejo de florestas e a redução do impacto do desmatamento requer um marco regulatório eficiente no nível institucional.

Atualmente, existe uma regulamentação que, por meio do uso eficiente, resolveria o problema no curto prazo. Entre essas diretrizes, podem ser citados os mecanismos de conservação, uso de recursos florestais e fortalecimento institucional.

Mecanismos de Conservação

A implementação de sistemas de informação geográfica (GIS) que permitem a identificação de áreas vulneráveis ​​é vital. Desta forma, é viável realizar monitoramento periódico, aplicar programas de recuperação e avaliar os esforços.

O uso de modelos de risco de desmatamento é um mecanismo que ajuda a identificar variáveis ​​geográficas e econômicas em áreas de risco. Dessa forma, é possível organizar o território nacional e focar programas de conservação e reflorestamento.

Uso de recursos florestais

É necessário aplicar um sistema de exploração sustentável dos recursos florestais que reduza a extração ilegal de florestas, tornando necessário impor planos de planejamento territorial, métodos de extração e comercialização, incentivando as plantações florestais.

Fortalecimento institucional

É necessária a coordenação e integração das entidades governamentais responsáveis ​​pela área florestal no país, bem como a aplicação e execução de políticas públicas, regulamentos e regulamentos que promovam uma exploração florestal integral.