Qual é o gene dominante e o gene recessivo?

O gene dominante e o gene recessivo podem ser definidos como a sequência de DNA que possibilita que certas características e características físicas sejam herdadas pelas pessoas.

Eles são responsáveis ​​por transportar a informação genética que tanto machos como fêmeas podem transmitir aos seus descendentes.

A organização do tipo genético de organismos é conhecida como genótipo. Isso é responsável por afetar as características físicas e, às vezes, o comportamento de indivíduos de todas as espécies.

O genótipo é composto de alelos ou genes contidos em cada cromossomo. Cada alelo é responsável por carregar uma característica relacionada às características do indivíduo.

Quando dois alelos de diferentes características são encontrados, eles dão origem à formação de um gene heterozigoto, no entanto, quando dois alelos com as mesmas características são encontrados, eles dão origem à formação de um gene homozigoto.

Dessa forma, quando dois alelos do mesmo gene - cujas características são diferentes - se juntam, podem ser dominantes ou recessivos.

Ou seja, os traços dos indivíduos podem ter mais ou menos possibilidades de desenvolvimento de uma forma ou de outra (Hartl & Ruvolo, 2011).

Gene dominante

O gene dominante é aquele que está presente na mãe e no pai e, portanto, aparece duas vezes no genótipo das crianças.

Desta forma, pode-se dizer que aparece duas vezes na configuração genética das crianças e, portanto, é mais provável que se desenvolva.

No entanto, no caso dos seres humanos, os indivíduos têm cromossomos duplos ou diplóides. Isso significa que a informação genética é dividida em duas partes, uma que vem da mãe e outra que vem do pai (Porto & Gardey, 2010).

No caso de genes dominantes em humanos, estes podem estar presentes apenas em um dos pais, e mesmo assim eles têm possibilidades de se manifestar nos traços de seus descendentes.

Dessa forma, pode-se afirmar que, para um gene dominante ser transmitido e manifestado, é necessário apenas que um dos pais o herde de seus filhos.

Uma maneira de ilustrar esta situação está na cor dos olhos dos seres humanos. A coloração dos olhos depende de vários genes, cada um desses genes tem vários alelos, isto é, vários pontos nos cromossomos onde a informação é codificada.

É assim que a cor dos olhos de uma pessoa depende de como os alelos envolvidos são combinados dentro da definição desse recurso.

Por esta razão, a cor dos olhos castanhos pode esconder a cor dos olhos azuis, uma vez que seus genes geralmente se expressam com maior intensidade nos alelos de diferentes cromossomos. Em geral, quando um gene se manifesta com maior intensidade, diz-se que é dominante.

Nem todos os graus de dominância são os mesmos. No caso de um gene que possui três alelos (A, B e C), pode-se verificar que B é dominante em relação a C.

Entretanto, A pode, por sua vez, ser dominante sobre B e C. Desta forma, os alelos em B e C nunca se manifestarão na presença de A, e aqueles em C nunca se manifestarão na presença de B.

Gene recessivo

Ao contrário do gene dominante, o gene recessivo é o que apresentará com menor intensidade as características dos indivíduos. É assim que o gene recessivo só pode aparecer na prole quando ambos os pais o carregam e o transmitem para seus filhos.

O gene recessivo é distinguido porque na presença do gene dominante não pode ser manifestado. Dessa forma, para poder se expressar, duas cópias devem ser coletadas, uma da mãe e outra do pai (Portela, 2017).

Para ilustrar o significado do gene recessivo, devemos retornar ao exemplo da cor dos olhos nos seres humanos. Olhos claros só podem se manifestar se ambos os pais tiverem o gene recessivo que permite a herança desse recurso.

É importante mencionar que existem muitas doenças que podem ser carregadas recessivamente e só se manifestam em crianças quando ambos os pais as transmitem.

Algumas das doenças mais comumente herdadas nos genes recessivos podem ser a doença de Wilson, a esferocitose hereditária e a hemocromatose.

Embora essas doenças não se manifestem em crianças, os genes que carregam sua informação codificada serão carregados por eles de forma recessiva.

É assim que na primeira geração de descendentes a doença pode não se manifestar, mas pode aparecer na terceira geração se estiver emparelhada com outro indivíduo que também a carrega.

Cromossomos

O genoma ou conjunto de genes dos seres vivos é dividido em múltiplas moléculas chamadas cromossomos. Quanto mais complicada for a estrutura genética de um organismo vivo, mais cromossomos ela terá.

Por exemplo, os humanos têm 46 cromossomos diferentes, ou 23 cromossomos duplos (Utah, 2017).

Todos os genes e alelos estão localizados dentro dos cromossomos. Por exemplo, dentro dos cromossomos dos seres humanos existe um par dedicado a determinar o sexo do indivíduo descendente (XX para mulheres e XY para homens).

Esta característica é definida pelo pai, já que este é o único que tem a capacidade de fornecer um cromossomo Y à prole.

Exemplo de gene dominante e recessivo

A calvície ou alopecia androgenética é um exemplo de um gene recessivo. Isso é determinado por um gene localizado no cromossomo X, consistindo de dois alelos.

Um desses alelos, chamado de alelo G, produz calvície e o outro (alelo A) não o produz. Sendo o alelo A é dominante sobre o G.

Os homens requerem mais do que um alelo G para se manter calvo, uma vez que o gene está localizado no cromossoma X e, portanto, não pode ser mascarado com um alelo A.

Por outro lado, mesmo que uma mulher tenha apenas um alelo G, ela não ficará careca se o outro alelo for A. Nesse sentido, as mulheres precisam carregar ambos os alelos G para desenvolver alopecia (VAIVASUATA, 2015).