8 Grandes contribuições africanas para a cultura americana

As contribuições africanas à cultura americana foram muito variadas e foram desenvolvidas de tal maneira que foram adaptadas a diferentes nações do continente com o passar dos anos.

Alguns costumes, ritos, tradições e até mesmo religiões da África foram estabelecidos até hoje nos países da América Latina e Caribe.

Muitos componentes da cultura africana têm influenciado a formação da identidade dos países da América do ponto de vista histórico e cultural, por isso podem ser encontrados em diferentes povos semelhanças que concordam em vestuário, arte, gastronomia e musica

Raízes africanas no continente americano surgem com a chegada de escravos africanos no início do século XVI.

Grandes concentrações de escravos chegaram aos portos espanhóis em algumas cidades como Cádiz, Sevilha, Valência e Huelva e foram transferidas para cidades da América, como Cartagena das Índias, na Colômbia, Veracruz, no México; Portobello, Brasil; Havana, Cuba e vários portos da Venezuela.

Da mesma forma, eles chegaram nos Estados Unidos, Argentina e Uruguai. Os movimentos escravistas continuaram até o final do século XIX, apesar da declaração da abolição da escravatura em 1880.

1. Língua

O grande número de africanos assentados nas costas da América resultou numa fase de transculturação em que brancos e negros adotaram linguagens de um e outro, resultando em modos de fala que podem ser evidenciados nas línguas e línguas européias. em espanhol.

Assim, o espanhol falado no continente americano acabou adquirindo palavras africanas que ilustram a cultura dos escravos e sua espiritualidade.

Nestas mudanças e adaptações em palavras de linguagem são apreciadas para designar certos tipos de alimentos e pratos, nomes de instrumentos musicais, estilos de dança, ervas medicinais, entre outros.

Alguns termos que podem ser destacados são: malanga, conga, bacalhau, orixá, inhame, candonga, entre outros que são usados ​​atualmente.

2.- Religião

Deve-se notar que a qualidade da raça negra com mais influência na América foram suas crenças e ritos religiosos, que vão além da escravidão e tiveram uma longa permanência em terras americanas.

Algumas dessas crenças são mantidas hoje e podem ser identificadas da seguinte maneira, de acordo com seus países: na Úmbria, a religião da Umbanda proliferou nos últimos anos; em Cuba apareceu e definiu Santería no século dezenove, da tribo iorubá da África; em Trinidad e Tobago, a crença de Xangô, o rei da religião iorubá, é confessada; na Jamaica, a religião do Obeah e Myalism é praticada; no Haiti, vodu; e nos Estados Unidos todas essas práticas de origem africana foram transformadas e são menos identificáveis.

Tem sido dito que a cultura americana, embora não tenha mantido as tradições religiosas ao máximo, retém diversos africanismos ou traços africanos em sua música e dança.

Em vez de simplesmente impor suas crenças, muitos afrodescendentes adotaram o cristianismo e fundaram igrejas negras nos Estados Unidos, que contribuíram para o crescimento da igreja protestante em geral.

Segundo muitos afro-americanos, a identificação com o continente africano não precisa estar ligada à religiosidade.

3.- Música

Em um desejo de retratar seus ritos e ritmos musicais, muitos africanos em diferentes lugares tiveram a sensação de construir e reconstruir seus instrumentos musicais primitivos para drenar a tensão pela exploração que receberam e expressar suas emoções.

Eles manifestaram problemas de protesto, mas também se regozijaram ao ritmo dos tambores com danças que incluíam movimentos dos quadris, mãos e pés. Essas expressões são o resultado da música afro-americana que evoluiu até hoje.

Ritmos musicais podem ser encontrados na América Latina com raízes africanas, como merengue, salsa, samba, plena e outras danças e ritmos que são considerados típicos de algumas regiões e que constroem toda uma história e estrutura cultural.

4.- Gastronomia

Quando os africanos chegaram ao continente, trouxeram com eles as frutas a que estavam acostumados.

É o caso da pinha ou da melancia, várias espécies de bananas e arroz africano que chegaram às Américas em navios negreiros.

Os costumes gastronômicos dos escravos afetaram de maneira excelente a cultura alimentar das Américas, seja em ingredientes ou em preparações específicas que foram adotadas ou transformadas.

Por exemplo, pratos que combinam arroz, carne, legumes e grãos foram contribuídos por escravos que trabalhavam como serventes em alguns lugares nos Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Muitos pratos ainda são mantidos, embora tenham sofrido modificações.

Algumas técnicas culinárias que podem ser encontradas nos Estados Unidos graças à chegada dos africanos são: madeira assada, temperada cozida, salteados, molhos e guisados ​​onde predomina a gordura e o uso de coco para fazer doces, bem como folhas de bananeiras para embrulhar receitas como hallacas na Venezuela ou tamales.

5.- Artesanato

Os escravos africanos fizeram inúmeras contribuições na construção de casas, utensílios de sobrevivência, bem como tecelagens feitas com folhas de palmeira para fazer vasos, recipientes de armazenamento e colchas.

Pode-se dizer que as influências que os africanos trouxeram para o continente americano ainda estão preservadas e, graças a eles, avanços e desenvolvimentos foram feitos neles, dos quais se destacam: objetos de cozinha, colchas, colchões, construção naval, arquitetura, carpintaria e ferreiro

6.- Medicina

A medicina tradicional africana tem sido baseada em curandeiros especialistas e pessoas de alto nível religioso, que oferecem conhecimento terapêutico que estudaram sobre natureza e ervas, além de combinar rituais sagrados.

Os curandeiros afrodescendentes relacionam-se com o meio ambiente e sabem muito bem, é assim que seu tecido social foi constituído.

Eles são capazes de lidar com picadas de cobra, febre e outros males com as plantas que a natureza lhes oferece.

Esse conhecimento é ancestral e é transmitido de geração em geração e tem contribuído para as culturas latino-americanas, especialmente em áreas precárias, longe das equipes profissionais de atendimento médico.

7.- Cultura

O legado africano na América tem diversas manifestações folclóricas que vão desde roupas, músicas, músicas e crenças. O modo africano de ensinar e transmitir cultural é baseado no ensino oral e na imitação.

Ao demonstrar seus costumes com gestos e orações, conseguiram desenvolver um processo de transculturação afro-americana e afro-caribenha.

Tal mistura pode ser vista em países da América Latina, como a Colômbia com afro-colombianos, no Uruguai com afro-uruguaios e, da mesma forma, na Venezuela, Argentina, Brasil, Equador, Peru, México e Bolívia.

8.- Esporte

Disciplinas como futebol, boxe, basquete e principalmente atletismo têm raízes africanas. De fato, os atletas mais proeminentes tendem a ser negros afro-americanos e afro-caribenhos.

Devido a sua fisionomia, textura, anatomia e musculatura, eles podem atuar com maior desempenho em algumas disciplinas, por exemplo, nunca faltam nos Jogos Olímpicos e torneios internacionais onde se destacam por suas qualidades e talentos.