O que e quais são as qualidades da expressão oral?
As qualidades da expressão oral são voz, dicção, fluência, volume, ritmo, clareza, coerência, emotividade, vocabulário e estrutura da mensagem.
A expressão oral é uma das habilidades lingüísticas que os seres humanos têm para se comunicar. Junto com a expressão escrita e expressão gestual é o conjunto de códigos únicos e exclusivos da nossa espécie que nos permite compreender e viver em sociedade.
A expressão oral inclui uma série de técnicas que exigem habilidades físicas e cognitivas. Isso significa que, para que haja comunicação oral, é necessária a existência, em primeiro lugar, do funcionamento adequado de certos órgãos e partes do corpo humano.
As mais importantes são a laringe, as cordas vocais, a língua e a boca e o sistema respiratório que nos fornece o ar necessário para emitir sons. Por outro lado, é necessário aprender códigos comuns, que se originam na linguagem.
O aprendizado da linguagem também é dado pela aprendizagem da leitura e da escrita, bem como, numa fase posterior, pela compreensão do significado dessas palavras para dar um uso correto e significativo.
Um processo complexo que começa quase desde o nascimento e é refinado ao longo dos anos.
Embora todos os seres humanos saibam falar, nem todos o fazem com o mesmo nível de habilidade ou complexidade.
A expressão oral propriamente dita requer elementos que vão além do meramente linguístico - onde os aspectos culturais, sociais e de personalidade intervêm para poder dar sentido ao que é falado.
Isso é o que chamamos de efetividade na expressão oral, que é acompanhada, como já mencionado, por uma série de qualidades que explicaremos a seguir.
Mas antes é necessário indicar quais são os elementos que devem existir para que a comunicação oral possa ocorrer.
Aspectos essenciais na expressão oral
- Um indivíduo morfologicamente saudável que pode fazer sons corretamente
- Conhecimento mínimo de vocabulário e seu uso correto na estruturação básica de idéias (sintaxe)
- Capacidade de dar sentido às palavras proferidas (semântica)
- Sinais fonológicos comuns e compartilhados com o interlocutor
Principais qualidades da expressão oral
1- Voz
É a capacidade do indivíduo de produzir sons pela boca.
Muitas partes do corpo, como a laringe, as cordas vocais, a língua, os músculos da face, a mandíbula e os lábios intervêm na emissão da voz.
Acima de tudo, o cérebro é aquele que ativa o processo para que a pessoa possa converter suas idéias ou sentimentos em palavras que o interlocutor possa ouvir, interpretar e entender.
2- Dicção
É a pronúncia correta das palavras. Para conseguir uma boa dicção, é necessária uma articulação correta, ou seja, o movimento dos lábios, língua, dentes e palato é específico para a pronúncia de cada vogal, consoante, sílaba e palavra.
3- Fluência
É a habilidade de pronunciar palavras sem tropeçar, continuamente e fazendo pausas nos lugares necessários para que o interlocutor entenda corretamente a idéia expressa.
Neste aspecto, a velocidade de falar é fundamental. Não deve ser tão rápido a ponto de atropelar as palavras, ou tão lento que dificulta a compreensão geral da idéia ou aborrece o público.
4- Volume
É a intensidade que é dada à voz quando se fala. O maior ou menor volume da voz será determinado, entre outras coisas, pelas características da sala (se for muito alta, se for muito grande, se for muito barulhenta) e do número de pessoas a quem o falante está falando.
Não é o mesmo falar com uma única pessoa a respeito de um auditório cheio de pessoas. Não falando com o mesmo volume para um punhado de estudantes atentos em uma sala de aula, que um grande grupo de pessoas em uma reunião de rua.
5- Ritmo
Como em uma dança, a comunicação oral deve ter um ritmo e uma cadência que ajude a atingir o objetivo definido.
Se você fala muito rápido e sem pausas, o ouvinte terá que fazer um esforço extra para tentar entender o que está sendo dito e é possível que ele se canse ou desista.
Se, por outro lado, é falado muito lentamente, o ouvinte também pode se perder ou ficar entediado, custando-lhe unir as idéias e entender o todo.
O ritmo deve ter cadência e mudar dependendo do objetivo e do conteúdo da mensagem. Essas mudanças ajudam a manter o interesse do público.
6- clareza
Tem a ver com a precisão do que é falado. Sem rodeios, sem se deter em detalhes que não são importantes ou que não contribuem em nada para a ideia central do discurso.
Também tem a ver com a correta seleção de palavras de acordo com o público. É necessário lidar com códigos culturais comuns, que é vulgarmente dito "falar a mesma língua".
Por exemplo, um médico em física nuclear terá que adaptar seu discurso explicando seus experimentos para crianças no ensino fundamental.
7- Coerência
A expressão oral deve ter uma ordem lógica onde há uma ideia principal em torno da qual se transforme a fala.
Evite pular de um tópico para outro constantemente, porque você corre o risco de perder a ideia original. A partir desta idéia principal, idéias secundárias serão liberadas.
8- Emoção
É uma das grandes vantagens da expressão oral sobre a expressão escrita.
É a capacidade do falante para imprimir em suas palavras a emoção indicada em cada caso; Isso será muito útil quando se trata de ser bem compreendido e alcançar empatia.
9- vocabulário
Quanto mais palavras a pessoa fala, mais eficaz será a sua mensagem. No entanto, um léxico que seja compreensível pelo público sempre deve ser usado.
A riqueza do vocabulário e o uso de sinônimos são habilidades adquiridas com o exercício constante da leitura.
10- Estrutura da mensagem
Antes de começar a falar, você precisa ter clareza sobre a ideia que deseja transmitir. Para isso, o falante pode confiar em material escrito.
Divagar não é recomendado. A linguagem deve ser simples e direta, projetada para atender um objetivo específico.