Como os insetos são reproduzidos? Características e Estágios

Insetos são reproduzidos por processos fisiológicos que incluem a participação de um espécime masculino e feminino, com algumas exceções presentes em certas espécies. Fertilização por um macho é um dos processos mais comuns.

Muitos dos insetos são considerados ovíparos, sendo através dos ovos a principal forma de gerar descendentes que permitem a multiplicação e sobrevivência das espécies.

A reprodução entre insetos é precedida por processos de cópula, união e fusão de células que levarão à formação da prole, sob condições específicas dependendo da espécie.

Fisicamente, o sistema reprodutivo dos insetos é encontrado na altura do abdômen, com qualidades diferentes entre os espécimes masculinos e femininos.

Os insetos têm suas próprias glândulas e dutos, além de ovários ou testículos, internos ou externos. Os insetos machos têm seu próprio espermatozóide, com o qual fertilizam a genitália feminina.

O grande número de espécies de insetos em todo o mundo gerou todo um campo de estudo em termos dos processos reprodutivos que existem entre eles.

Estes processos reprodutivos foram sujeitos a evolução e mudanças, de acordo com as condições do ambiente em que os insetos viveram.

Cinco processos reprodutivos de insetos

1- Viviparidade

O processo mais comum, realizado por um grande número de espécies. Consiste na fertilização e desenvolvimento embrionário em ovo dentro do organismo da fêmea, que eclode em seu interior uma vez desenvolvido, resultando em uma pequena larva que é expelida para o exterior com vida.

O desenvolvimento embrionário dentro de insetos, especialmente seus ovos, tem a característica de apresentar membranas resistentes a condições como a seca, que permite o desenvolvimento interno da larva ou da ninfa, independentemente das condições externas.

Uma variante da viviparidade é a ovoviviparidade, na qual os ovos são formados dentro do inseto, e só eclodem logo após serem expelidos do organismo hospedeiro.

Essa variante é observável em espécies de baratas, como a Blaptica dubia; outras espécies de baratas se reproduzem por meio de viviparismo regular.

2- Partenogênese

É outro processo presente em uma boa quantidade de espécies de insetos. Consiste no desenvolvimento ovular dentro de uma fêmea sem a necessidade de o óvulo ser fertilizado por um macho.

Algumas espécies recorrem a esse processo como o único modo de reprodução, enquanto outras o alternam com outros processos, como os vivíparos, dependendo das condições.

Este método de reprodução assexuada, também conhecido como reprodução virginal, pode estar presente em espécies de insetos, como besouros e pulgões.

A partenogênese não é um processo reprodutivo exclusivo de insetos; répteis e plantas também podem realizar esse tipo de mecanismo.

Existem três formas de partenogênese. O primeiro é a arenotosis, produzida quando a prole consiste apenas de espécimes masculinos. A segunda é a telotose, quando a prole consiste apenas de espécimes femininos.

E a terceira é a anfetose, na qual ovos sexualmente não fertilizados podem dar origem a espécimes masculinos e femininos.

3- Patogênese

Considerado um processo raro, manifesta-se quando a reprodução ocorre sem que o hospedeiro tenha atingido a plena maturidade.

Consiste na multiplicação de larvas, sem que a principal tenha atingido a maturidade, o que resulta em um novo conjunto de larvas devorando a mãe em seu próprio desenvolvimento.

Em resumo, as larvas são capazes de nascer grávidas dentro de um inseto fêmea, de modo que a quantidade de larvas ou pupas resultantes desse processo pode ser muito maior do que a resultante de um processo reprodutivo normal.

Pode ocorrer em besouros, vermes e mosquitos.

4- Poliembrionia

A poliembrionia é um caso muito particular na reprodução de insetos. Consiste na multiplicação embrionária de um único ovo; a partir disto pode ser produzido de dois para um elevado número de embriões de cada vez.

Geralmente é realizado em espécies como vespas, que requerem um grande número de indivíduos para realizar suas funções naturais, entre as quais estão o consumo e controle de outras pragas.

5- Hermafroditismo

Considerado o mais raro de todos os processos reprodutivos, consiste no desenvolvimento e na presença de duas células sexuais (masculinas e femininas) no mesmo inseto. Esta condição pode ser observada em espécies como as minhocas.

O processo de reprodução entre indivíduos hermafroditas tem particularidades que variam de acordo com a espécie de inseto. Essas particularidades, ainda hoje, continuam sendo investigadas.

Os quatro estágios do processo reprodutivo

1- Cópula ou copulação

Considerado o primeiro passo para garantir a perpetuação das espécies, ocorre quando um espécime masculino se prepara para fecundar o óvulo de um espécime feminino através de um processo sexual.

A duração deste estágio é variável entre as espécies e pode durar de alguns minutos a horas.

Durante esta fase, você pode observar variáveis ​​como a poligamia - quando um macho copula com várias fêmeas - e poliandria - quando uma fêmea faz o mesmo com vários machos.

2- Fertilização

Como em outros seres vivos, consiste simplesmente na união do óvulo e do espermatozóide.

A fertilização é sempre feita no corpo da fêmea, exceto nos casos em que se manifesta um processo de partenogênese ou hermafroditismo.

3- Desenvolvimento de ovos

Ovos de insetos não costumam ter as mesmas características que outros ovos de animais, mesmo entre espécies ou famílias de insetos.

O ovo geralmente é desenvolvido coberto com um sistema de membranas que garantem a nutrição e proteção da larva.

O processo de desenvolvimento de um ovo de inseto é geralmente muito mais rápido do que qualquer outro ser vivo.

"Corion" é o nome dado à camada protetora do ovo, sob a qual estão as membranas conhecidas como serosa e amnios, responsáveis ​​pela transmissão de nutrientes.

4- Colocar os ovos

Este é o estágio final, que pode ocorrer rapidamente, após o processo de copulação ou muito mais tarde.

Dependendo das características reprodutivas do inseto, as larvas são expelidas já vivas do interior do corpo, ou os ovos são deixados a chocar mais tarde, não muito longe.