As 7 características lógicas mais proeminentes

A lógica é caracterizada como o estudo dos métodos e princípios que são usados ​​para discernir o raciocínio válido do inválido.

Deve-se notar que esta disciplina está apenas interessada em como é idealmente fundamentada e não em como cada pessoa raciocina (esta última é o trabalho da psicologia).

A lógica simplesmente oferece um conjunto de regras que regulam o raciocínio e fornece as ferramentas necessárias para fazer a diferença entre argumentos de qualidade e argumentos ruins.

De acordo com o grau de formalidade dos argumentos, distinguem-se dois tipos de lógica: formal e informal.

A lógica formal é caracterizada pela aplicação de inferência para a compreensão de certas afirmações. Por sua vez, a lógica informal é responsável pelo estudo da linguagem natural, aquela que é usada pelos falantes em situações cotidianas.

Por outro lado, a lógica também pode ser indutiva e dedutiva. No primeiro caso, os resultados do processo lógico serão aceitáveis, mas não conclusivos. No segundo caso, os resultados serão verificáveis ​​e válidos.

Principais características da lógica

1- Os resultados da lógica são válidos ou inválidos

A lógica consiste em raciocinar para produzir argumentos. Esses argumentos são avaliados em termos de validade.

Isso significa que, do ponto de vista da lógica, não há argumentos corretos ou incorretos, mas válidos ou inválidos.

2- Pode ser dedutivo, indutivo, abdutivo ou analógico

A lógica segue uma série de padrões para produzir um raciocínio válido. Esses padrões são dedução, indução, abdução e analogia.

Cada um dos três modelos é aplicado de acordo com as circunstâncias do contexto comunicativo.

Lógica dedutiva

A lógica dedutiva é aquela em que uma conclusão é extraída de duas premissas. Destas duas premissas, a primeira representa uma proposição universal (porque é geral) e a segunda é uma afirmação específica (porque é particular).

A validade dos resultados da lógica dedutiva depende da veracidade das premissas que são a base. Se as premissas forem inválidas, a conclusão também será inválida.

O exemplo tradicional desse tipo de lógica é o seguinte:

Todos os seres humanos são mortais.

-Aristotle é um ser humano.

Então Aristóteles é mortal.

Lógica indutiva

A lógica indutiva consiste no processo oposto à lógica dedutiva. Em termos gerais, esse tipo de lógica procura extrair premissas de uma conclusão já existente.

Isto é, esse tipo de lógica pressupõe premissas que suportam uma conclusão observável. Desta forma, as premissas obtidas podem ser prováveis ​​e aceitáveis, mas não completamente verdadeiras.

Em seguida, um exemplo de lógica indutiva é apresentado:

-Observável conclusão: o filhote dorme na casa em dias chuvosos.

-Premisa: Toda vez que chove, o filhote dorme na casa.

Lógica abdutiva

Este tipo de lógica assemelha-se à lógica indutiva na medida em que procura extrair premissas de uma conclusão.

A diferença entre esses dois processos é que a abdução oferece a melhor explicação possível para a conclusão apresentada. No entanto, os resultados podem estar incorretos.

Por exemplo:

As luzes do quarto da minha irmã estão acesas. Então ela deve estar acordada.

Analogia

Esse processo lógico ocorre quando relações de similaridade são estabelecidas entre uma situação que está sendo observada e outra que é conhecida.

Por exemplo: o gato do meu amigo está arranhando a porta da casa. Quando meu gato quer dar uma volta, arranha a porta da minha casa. Talvez o gato da minha amiga queira dar uma volta.

3- A lógica pode ser formal e informal

A lógica é dividida em dois ramos principais: lógica formal e lógica informal.

A lógica formal é filosófica e tradicional. É responsável por estudar os argumentos dedutivos, aqueles em que a inferência é usada para tirar conclusões.

Por outro lado, a lógica informal é a encarregada de estudar os argumentos expressos em linguagem natural (diária e não especializada).

Centra-se na análise do raciocínio que pode ser encontrado em conversas com amigos, anúncios, artigos de jornais, notícias, entre outros.

4- As afirmações lógicas não contradizem

A lógica é governada pelo princípio da não contradição. Isto afirma que duas proposições contraditórias não podem ser válidas ao mesmo tempo. Ou seja, você não pode ser e não ser simultaneamente.

Leve em conta as seguintes proposições:

-O quadrado tem quatro lados.

-O quadrado tem cinco lados.

Quando duas declarações contraditórias são apresentadas, uma deve necessariamente ser inválida. Neste caso, a segunda proposição é inválida, uma vez que se opõe à lógica matemática.

5- Terceiro excluído

A lógica é caracterizada pelo princípio do terceiro excluído. Este princípio é baseado na lógica clássica, que afirma que uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa, sem a possibilidade da existência de uma terceira opção.

Este princípio está relacionado com o da não contradição. Enquanto o princípio da não-contradição afirma que duas proposições contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, o terceiro excluído indica que ambas as proposições contraditórias não podem ser falsas. Por força, é preciso ser verdadeiro.

6- A validade das propostas é avaliada tendo em conta determinadas modalidades

Existem várias modalidades que a lógica leva em conta ao decidir se uma proposição é válida ou não. Entre eles estão:

- A diferença temporal: algumas proposições eram falsas no passado, mas agora são verdadeiras no presente e vice-versa.

- A diferença epistemológica: em alguns casos, sabe-se que as proposições são verdadeiras ou falsas. Em outros casos, acredita-se que as proposições são verdadeiras ou não.

7- As declarações lógicas são unidades

As afirmações lógicas, dedutivas, indutivas, abdutivas ou analógicas, representam uma unidade. Portanto, eles não podem ser divididos.

Essa característica é defendida pela lógica proposicional. Este ramo da lógica afirma que dividir as declarações simples, aquelas que são formadas por duas premissas e uma conclusão, seria um erro, uma vez que diminuiria a proposição.