Guayanía Massif: Formação, Geografia, Biodiversidade e Recursos

O Maciço Guayanía, também conhecido como "Escudo da Guiana", é uma região geográfica localizada na parte nordeste da América do Sul.

Abrange todo o território dos países da Guiana, Suriname e Guiana Francesa, e parte do território da Venezuela (estados do Amazonas, Bolívar e parte do Delta Amacuro), Brasil (pequenas áreas do norte) e Colômbia, com uma área aproximada de 1.520 Mil quilômetros quadrados.

Quanto às suas delimitações, localiza-se a leste com o Oceano Atlântico, a norte e a oeste com o rio Orinoco, a sudoeste com o rio Negro pertencente à Amazônia e a sul com o rio Amazonas.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento descreveu o escudo guianense como uma área de grande importância regional e global, já que abriga uma grande variedade de ecossistemas, de espécies-chave de biodiversidade, e representa o 25º. % das florestas do mundo. Além disso, contém 20% da água doce do planeta.

O

-A Angel Falls, a maior cachoeira do mundo, com uma altura total de 979 metros.

Os tepuias, um conjunto de planaltos formados por rochas, com uma altitude particularmente elevada, e que constituem uma das formações mais antigas da Terra.

Ambos estão no território do maciço pertencente à Venezuela.

Formação do maciço de Guayanía

De acordo com Otto Huber, ecologista italiano que tem focado seu trabalho na Guiana venezuelana, o território que hoje forma o maciço Guayanía foi formado há cerca de 4.000 bilhões de anos na era pré-cambriana, o primeiro e mais longo período histórico de a terra.

Naquela época, durante o resfriamento da Terra, formou-se uma série de núcleos sólidos de terra que formaram a crosta terrestre, e que posteriormente prosperaram no que hoje conhecemos como continentes.

Um desses primeiros núcleos foi gerado no território onde hoje está localizado o escudo da Guiana.

Estas superfícies originais (os núcleos supracitados), que também nunca estiveram no fundo do mar, são as superfícies que temos hoje nos topos planos dos tepuys.

A altitude destes - que chega a 2.810 metros acima do nível do mar - deve-se ao fato de que desde sua formação, e ao longo de milhões de anos, a terra original sofria movimentos de elevação vertical tectônica, sem sofrer desdobramentos e com pouca atividade orogênica.

O nome "escudo" é usado na geologia para designar precisamente as regiões continentais compostas de rochas formadas neste período, e que nunca foram cobertas pelo mar. Assim, o maciço é também chamado de "escudo da Guiana".

Geografia

Dentro do escudo há vastas áreas de savana, como o complexo formado pela venezuelana Gran Sabana, no leste do estado de Bolívar, a Sabana de Rupununi, no sudoeste da Guiana, e as Sabanas del Roraima, no norte do Brasil.

Em muitas dessas savanas, abaixo da areia há uma camada rígida de argila, resistente à penetração das raízes das árvores.

Além disso, na estação de chuvas intensas, algumas savanas tendem a inundar. Por ambas as razões, o crescimento das florestas nesses espaços é limitado.

Além disso, na área dos maciços mangues, planícies com numerosos rios, savanas tropicais sazonalmente flutuantes, pântanos costeiros, selvas isoladas e cordilheiras; cada um deles com seu tipo específico de vegetação.

Com exceção de alguns centros populacionais, como Puerto Ayacucho, Ciudad Guayana e Ciudad Bolívar, a maior parte do maciço é muito escassamente povoada e com acesso limitado, o que apesar de ter beneficiado a manutenção natural da área, tornou difícil a exploração estudar

Tempo

No geral, o clima da região do Escudo das Guianas é tropical e varia de acordo com a altitude da área e os efeitos dos ventos alísios nos padrões de precipitação.

Nas partes que estão no nível do mar, como a Guiana Francesa, Guiana, Suriname e o Estado Bolívar Venezuelano, a temperatura média anual é de 25 ° C.

No entanto, nas partes da selva o clima é mais úmido e chuvoso, como na Amazônia venezuelana e no Brasil, e pode chegar a 15 ° C nos meses mais frios.

Por outro lado, nesta região existem apenas duas estações, uma de chuva e outra de seca. Em algumas áreas, existem até duas estações chuvosas ao longo do ano: uma das fortes chuvas entre maio e agosto, e uma segunda estação mais curta e menos intensa entre dezembro e janeiro.

Biodiversidade

Uma das características mais notórias do escudo guianense é a biodiversidade existente em seu território, uma vez que contém uma porcentagem significativa de espécies em relação à biodiversidade do mundo.

Uma compilação feita pelo Programa de Diversidade Biológica do Escudo de Guayana estimou que nessa área existem entre 13.500 e 15.000 espécies de plantas vasculares, o que representa 5% do total mundial estimado.

Além disso, alguns autores acreditam que 40% das espécies de plantas encontradas no Escudo são endêmicas, ou seja, não existem em nenhum outro lugar fora dele, o que representa cerca de 6.000 espécies.

Também o número de aves presentes nesta área é significativo: 10% do total de espécies conhecidas no mundo (1.004 espécies de 10.000).

Por outro lado, na área há 282 tipos de mamíferos de um total de aproximadamente 4.600 (6%), 269 tipos de anfíbios de um total de 5.000 (5.5%) e 295 tipos de répteis de um total de 8.100 (3 6%).

Mesmo assim, ainda existem áreas inexploradas do escudo, como o topo de alguns tepuys e peças localizadas no Brasil e na Colômbia.

Recursos

Os recursos naturais mais encontrados em toda a região são o diamante, a bauxita, o ouro, o petróleo, a madeira, o alumínio e o ferro.

A atividade extrativa desses recursos é uma das atividades econômicas realizadas nesses territórios, juntamente com a agricultura e pecuária, que é realizada em maior escala.

No entanto, atualmente existe um problema significativo de exploração ilegal desses recursos, o que ocorre devido ao pouco controle governamental exercido pelos países sobre essas áreas.

A forma como os grupos ilegais exploram esses recursos causou efeitos negativos no meio ambiente, tais como:

-A desflorestação

-A contaminação de solos e rios.

O uso indevido de mercúrio por extração ilegal - que reduz a capacidade de suportar a vida do meio ambiente - coloca em risco grupos autóctones indígenas da região pela ocupação desses grupos guerrilheiros e criminosos na região, entre outros.

Por tudo isso, vários especialistas afirmaram que mais recursos são investidos para monitorar e proteger essas áreas, pois são vitais para o ecossistema geral do planeta.

Referências